Dom Dal Toso: as POM são uma rede mundial a serviço do Papa
Cidade do Vaticano
“Como podemos definir as Pontifícias Obras Missionárias (POM) com um a frase? São uma rede mundial a serviço do Papa para sustentar a missão e as jovens Igrejas com a oração e a caridade. O próprio Papa afirma que as POM são importantes, mas pouco conhecidas. Provavelmente é assim para muitos de vocês e seria limitado reduzi-las unicamente ao aspecto financeiro.”
Foi o que reiterou o presidente das POM, o arcebispo Dom Giampietro Dal Toso, falando à Conferência Episcopal do Vietnã, onde esteve estes dias para encontrar os agentes pastorais engajados na animação missionária, em vista do Mês Missionário Extraordinário de outubro de 2019.
Vocação especial das Igreja no Vietnã e o papel da POM
Falando aos bispos vietnamitas, o prelado recordou a vocação especial da Igreja no Vietnã “na evangelização da Ásia”, refere a agência missionária Fides. Em seguida, deteve-se sobre a história das POM, definindo-as um grande instrumento de evangelização.
Após ter brevemente ilustrado a história de cada Obra, Dom Dal Toso recordou a celebração do centenário da , em que o Pontífice “faz uma clara distinção entre a ação colonizadora das potências europeias e a obra evangelizadora da Igreja. Além disso, ressalta a urgência de formar um clero local nos territórios de missão”.
“Já naquele documento Bento XV menciona a importância das Pontifícias Obras Missionárias como instrumento para a missão.” O presidente das POM ressaltou que, a partir de então, o Magistério sobre a missão sempre fez referência às Pontifícias Obras Missionárias.
A “natureza” missionária da Igreja
Detendo-se sobre o horizonte teológico das POM, Dom Dal Toso abordou dois temas importantes: “Igreja local e Igreja universal” e “Relação entre fé e missio ad gentes” (missão além-fronteiras).
Em relação a este último ponto, recordou que o Papa Francisco tem a peito a dimensão missionária da Igreja, já reiterada pelo Concílio Vaticano II e pelos Pontífices que se seguiram.
O arcebispo evocou as tarefas principais das Direções nacionais das POM, entre as quais evidenciou as de “manter vivo o espírito missionário na Igreja através da animação missionária”; “incentivar a oração pelas missões”. O Papa Francisco tem recordado repetidamente a centralidade da oração, alma da missão”; cuidar da formação missionária, em colaboração com os Secretariados internacionais em Roma, para oferecer oportunidades formativas a sacerdotes, religiosas e leigos engajados na missão.
Importância do Mês Missionário Extraordinário
Na segunda parte de seu pronunciamento, Dom Dal Toso falou sobre o Mês Missionário Extraordinário de outubro de 2019, definindo-o “uma ocasião extraordinária também para suas Igrejas a fim de renovar o zelo missionário, que é igualmente o grande objetivo das Pontifícias Obras Missionárias”.
Em seguida, traçou a gênese histórica desta iniciativa, anunciada pelo Papa Francisco no Angelus do Dia Mundial das Missões de 2017 e com uma carta ao prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, cardeal Fernando Filoni.
Tema do Mês Missionário Extraordinário de outubro
Na linha do Concílio, que reconduziu a missio ad gentes (missão além-fronteiras) à responsabilidade de todo batizado, a escolha do tema do próximo Mês Missionário Extraordinário é “Batizados e enviados. A Igreja de Cristo em missão no mundo”.
“Batizados e enviados: no batismo recebemos a vida divina e graças a ele somos profetas, ou seja, anunciadores do mistério de Cristo, por Ele enviados”, explicou o arcebispo. “Que a oração, testemunho, formação missionária e caridade possam ser os caminhos concretos a fim de que todo batizado possa expressar seu ser profeta graças ao batismo”, concluiu.
(Fides)
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