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Discernimento e sabedoria para superar polarizações Discernimento e sabedoria para superar polarizações 

Cardeal Pimiento: sabedoria para superar polarizações na DZô

Em pronunciamento publicado no diário "El Tiempo" de Bogotá, o purpurado se refere ao papel que a Igreja – na linha de frente no atual processo de paz no país – teve no conflito armado colombiano, ainda não totalmente encerrado

Cidade do Vaticano

“Como Igreja na Colômbia nem sempre fizemos a coisa justa. Deveríamos ter começado a pregar o Evangelho da liberdade a fim de que a Colômbia não iniciasse sua vida independente como um país litigioso na política. Naquele momento não se evangelizou a política.” Com o passar do tempo o cenário político se mostrou “um desastre” e “a Igreja não soube orientar os partidos. Até nos esforçamos, mas não conseguimos fazer de modo que o poder fosse entendido para servir e não para brigar”.

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É o que afirma Dom José de Jesús Pimiento Rodríguez, o cardeal mais ancião da Igreja (100 anos completados em fevereiro). Num pronunciamento publicado no diário El Tiempo de Bogotá, o purpurado se refere ao papel que a Igreja – na linha de frente no atual processo de paz – teve no conflito armado colombiano, ainda não totalmente encerrado.

Polarização também na Igreja colombiana

O grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN) é ainda ativo e o Papa condenou a ação terrorista deste. O prelado centenário se diz convencido de que a Igreja deve apoiar o diálogo com o ELN somente “quando este fizer o que o Presidente da República, Iván Duque, está pedindo: que abandone o terrorismo e compreenda que é necessário dialogar”.

Segundo o cardeal, como na sociedade, também na Igreja colombiana existe polarização, a qual, todavia, deve ser vista “como um problema humano e não atribuí-lo à instituição, à família de Deus”. Para distinguir os níveis é necessário “enxergar a trave no próprio olho antes de indicar o cisco nos olhos dos outros”.

Criado cardeal pelo Papa Francisco em 2015, aos 95 anos

Nascido em 18 de fevereiro de 1919 numa família de origem humilde, o atual bispo emérito de Manizales participou de todo o Concílio ecumênico Vaticano II e conheceu sete papas. Referindo-se ao Concílio, afirma que sua doutrina “é Evangelho aplicado” e que “se fosse colocado em prática haveria menos problemas na Igreja e no mundo”.

O purpurado revela que “tinha uma particular empatia” e proximidade com Paulo VI, particularmente quando o prelado trabalhava na reforma do Tratado. Conta ainda que quando foi nomeado jovem bispo auxiliar de Pasto, aceitou por obediência a Pio XII. Foi bispo de Montería, de Garzón e, por fim, de Manizales. Foi criado cardeal pelo Papa Francisco em 2015, aos 95 anos.

(Fides)

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01 abril 2019, 13:57