Crise ÍԻ徱-ʲܾã. Dom Arshad: Deus ilumine os governantes
Cidade do Vaticano
“O momento é grave. O problema da Caxemira não é novo, existe desde o início da história atribulada de divisão entre Índia e Paquistão. É uma ferida aberta há 70 anos e, se não for curada, é fácil que uma ferida se infecte. Hoje, diante da intensificação militar e dos ataques terroristas, pedimos a Deus que ilumine as mentes dos governantes, para que ajam pelo bem de nossos povos. Com força e com mansidão evangélicas, fazemos votos de um sério percurso de reconciliação e de uma solução definitiva da questão.”
É o que afirma o arcebispo de Islamabad-Rawalpindi e presidente da Conferência Episcopal do Paquistão, Dom Joseph Arshad.
Índia e Paquistão encontrem o caminho da paz
Falando ao jornal vaticano “L’Osservatore Romano” depois da incursão aérea dias atrás de caças indianos, que atingiram um campo de treinamento de militantes extremistas em território paquistanês – após o atentado terrorista de 14 de fevereiro, reivindicado por um grupo jihadista – o arcebispo mostra sua preocupação, pedindo que se evite o conflito aberto:
“Os povos de ambos os países sente essa ferida, por demasiado tempo aberta e ensanguentada. Nosso veemente apelo aos governos do Paquistão e Índia é que encontrem um caminho amistoso para resolver a questão: um caminho de paz, não de guerra. Desse modo se fará o bem de nossos respectivos povos, e se dará também uma mensagem de paz ao mundo inteiro.”
É preciso esforço de boa vontade recíproca
Para esse fim, observa o presidente do episcopado paquistanês, “é mais do que nunca necessário incrementar no futuro os intercâmbios e as relações entre as nações do Paquistão e Índia, em todos os níveis: esse é o caminho que leva à distensão, do contrário, permanecem dois blocos hostis. Intercâmbios culturais, econômicos, comerciais, esportivos, religiosos: todas as iniciativas para restaurar a antiga amizade são bem-vindas”.
Ademais, prossegue, “as pessoas comuns, tanto na Índia como no Paquistão, desejam a pacificação. Temos a mesma cultura, raízes comuns, línguas similares, todos elementos úteis num caminho de reconciliação. Hoje é preciso um esforço de boa vontade recíproca, que todos nós desejamos e esperamos”.
Diálogo inter-religioso importante para promover a paz
“Como cristãos podemos rezar pela paz, faz parte da vida espiritual. A oração não é somente prorrogativa dos cristãos, mas também dos muçulmanos e dos hindus. Todos temos a peito o grande bem da paz e não deixaremos que seja destruído. Hoje o caminho do diálogo inter-religioso é útil e importante, porque as religiões influenciam a consciência, a mentalidade e o comportamento das pessoas”, prossegue o prelado.
Redescobrir o caminho da não-violência
O arcebispo expressa um compromisso para o futuro: “Queremos trabalhar juntos com os bispos da Índia e unir os esforços para promover a reconciliação entre Índia e Paquistão. Podemos dar nossa humilde contribuição haurindo do imenso patrimônio humano e espiritual que existe no sul da Ásia”.
A não-violência como caminho eficaz para promover a paz, e também para conseguir objetivos políticos cruciais, foi determinante na história das nações desta área: “Neste hic et nunc (aqui e agora, ndr) é tempo de redescobri-la e reativá-la, no coração e na consciência de todos”, pondera o arcebispo.
(L’Osservatore Romano)
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