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Cidade do Vaticano

“Decidi ir até o Santo Padre para apresentar-lhe minha renúncia. Ele me receberá daqui a poucos dias.” São palavras do arcebispo de Lyon, cardeal Philippe Barbarin, reconhecido esta quinta-feira (07/03) pelo Tribunal da cidade francesa “culpado por não ter denunciado os maus-tratos” sofridos por um menor entre 2014 e 2015. O caso diz respeito a Pe. Bernard Preynat, um sacerdote da sua arquidiocese que, capelão dos escoteiros nos anos 70 e 80 na periferia de Lyon, teria abusado de mais de setenta deles.

A nota dos bispos: determinação na proteção dos menores

O anúncio do purpurado de apresentar o pedido de renúncia ao Papa Francisco é, para os prelados franceses, uma questão de “consciência pessoal”, que não necessita de comentários ulteriores: cabe ao Pontífice, escrevem, decidir aquilo “que considerará oportuno”.

Ao recordar que, “como todo cidadão francês”, o cardeal Barbarin tem o direito de recorrer contra a sentença, aliás, procedimento já anunciado por seus representantes legais, os bispos reafirmam sua “determinação” a lutar contra todos os abusos cometidos por expoentes da Igreja contra menores.