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Cidade do Vaticano

A Conferência Episcopal Congolesa (Cenco) pediu calma à nação durante a etapa de contagem de votos das eleições no Congo, período conturbado no país pela suspeita de fraudes no processo. Em um comunicado, os bispos afirmam ter enviado ao pleito cerca de 40 mil observadores eleitorais, que coletaram dados sobre "uma amostra significativa de seções eleitorais em todo o país: 22,32%".

De acordo com a declaração da Conferência Episcopal, "2.853 zonas eleitorais estavam abertas às seis da manhã. No entanto, 830 sessões não abriram na hora marcada pelas seguintes razões: atrasos organizacionais, procedimentos de abertura muito longos, mau funcionamento das urnas eleitorais etc”.

As eleições, marcadas para o dia 23 de dezembro, foram adiadas por uma semana (30 de dezembro) por causa de problemas na organização agravados pela destruição de mais de 8 mil urnas eleitorais em um depósito na capital, Kinshasa. A Comissão Eleitoral Independente do Congo também decidiu adiar a votação para março em três localidades, Beni, Butembo e Yumbi, por causa da epidemia de ebola e das graves condições de insegurança.

Apelo do Comitê Leigo de Coordenação

"Os congoleses continuam vigilantes para não nos roubarem a vitória". Esse é o apelo lançado por um grupo de leigos católicos chamado Comitê Leigo de Coordenação (CLC), durante a contagem de votos. Esse comitê é a organização católica que promoveu as três marchas realizadas em 2018 para exigir a saída do presidente Joseph Kabila.

O temor de fraude foi agravado pela decisão das autoridades de Kinshasa de suspender indefinidamente as conexões de internet e os envios de mensagem SMS. A Comissão Eleitoral Independente anunciou a proclamação dos resultados para o dia seis de janeiro. (Agência Fides)