Santos e Beatos de 2018: dons do amor de Deus à Igreja
Cidade do Vaticano
Tradicionalmente o final de ano é tempo para balanços, reflexões sobre o que aconteceu – ou não aconteceu – de bom, sobre o que se pode fazer melhor e o que se pode começar a fazer. Também é tempo da colheita dos dons do amor do Senhor à Sua Igreja, que se enriqueceu de novos Beatos e de 7 novos Santos: entre eles um Papa, muitos sacerdotes e religiosas, mas também muitos leigos, para demonstrar que a santidade está realmente perto de todos, como recordou Papa Francisco na , “a santidade dos que vivem perto de nós são um reflexo da presença de Deusâ€.
Mártires de guerra, quando do ódio nasce o amor
O ano de 2018 abriu-se com a beatificação em 3 de fevereiro de Teresio Olivelli morto morto no campo de concentração nazista de Hersbruck. Durante a Segunda Guerra Mundial, ajudou física e espiritualmente os colegas militares escrevendo a oração “Liberta-nosâ€.
Em 15 de abril foi beatificado em Madagascar Luciano Botovasoa, que foi morto durante a revolução. Era um frade terciário franciscano que durante as perseguições à Igreja ficou ao lado dos missionários franceses.
Janos Brener, sacerdote húngaro, foi beatificado em 1º de maio. O sacerdote foi morto pelo regime comunista local durante uma emboscada enquanto levava a Eucaristia para um doente.
Neste ano houve duas cerimônias de beatificações coletivas: uma em 10 de novembro e outra 8 de dezembro.
Na cerimônia de 10 de novembro em Barcelona foram beatificados Teodoro del Olmi e 14 seus companheiros – entre sacerdotes da congregação de São Pedro in Vincoli e leigos solidários – identificados entre as vítimas cristãs da guerra civil espanhola.
Enquanto que em 8 de dezembro, foi beatificado Dom Pedro Claverie, bispo de Oran na Argélia e 18 companheiros, mais conhecidos como Mártires da Argélia que, durante o período de terror do fundamentalismo islâmico no país decidiram não abandonar sua gente e ficando ao lado dos seus fiéis.
Missionários: como apóstolos convidados nas periferias do mundo
Em 26 de maio foi beatificada a pequena religiosa de grande coração: assim era chamada Leonella Sgorbati na missão de Mogadiscio, na Somália, onde passou muitos anos da sal vida. Naquela sofrida terra, o tabernáculo da casa da irmã era a única presença viva de Cristo no país. Morreu como mártir perdoando seu assassino.
Santa Nazária Inácia March Mesa, canonizada neste ano, foi missionária durante muitos anos na Bolívia. Fundadora das Irmãs Missionárias Cruzadas da Igreja, dedicou sua vida à oração pela perseverança dos religiosos e pelo espírito apostólico dos sacerdotes.
Em 27 de outubro foram beatificados: Túlio Maruzzo, sacerdote dos Frades Missionários na Guatemala e o seu catequista Luis Obdulio. Ambos morreram em uma emboscada na floresta durante um período de violência que atingiu o país
Ana Chrzanowska, beatificada em 28 de abril, era enfermeira e escritora, criou a assistência domiciliar aos doentes na Polônia também do ponto de vista espiritual, era amiga de João Paulo II.
Carmen Rendíles Martínez, fundadora das Irmãs Servas de Jesus, beatificada em 16 de junho. Nasceu sem o braço esquerdo mas durante toda sua vida demonstrou força e vitalidade que a levaram a encarnar o modelo da verdadeira santidade cotidiana.
São Francisco Spinelli, tocado pela graça de Deus que o curou milagrosamente de uma lesão na coluna vertebral enquanto estava rezando. Depois disso dedicou-se exclusivamente aos doentes aos quais levava a Palavra e a ternura do Senhor.
São Núncio Sulprizio, morto 19 anos atrás de câncer nos ossos. Na sua breve vida, passada quase toda em hospitais, ensinou o catecismo às crianças internadas e rezou muito oferecendo a própria dor pela conversão dos pecadores.
Novas Maria Goretti
Ana Kolesárová, eslovaca, beatificada dia 1º de setembro. Morreu em casa diante da família ao opor resistência a um soldado do regime que queria violentá-la.
Verônica Antal, romena, beatificada em 22 de setembro, morta por um fanático também por resistência a uma violência. Hoje é venerada por católicos e ortodoxos.
Beatos
Maria Crucificada do Divino Amor, beatificada em 2 de junho, filha espiritual de Padre Pio por meio do qual o Senhor lhe falou e a levou a fundar a Congregação das Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração. Dedicava-se em particular ao ensino dos jovens.
Afonsa Maria Eppinger, beatificada em 9 de setembro, tinha êxtases longos e extenuantes, visões sobre política e sobre o futuro da Igreja. Fundou as irmãs do Santíssimo Salvador.
O religioso lituano Michaľ Giedrojć, viveu em 1400, tinha frequentes ataques do demónio e visões do futuro. Papa Francisco reconheceu suas virtudes heróicas e a confirmação do culto que existe há tempos imemoráveis.
Um Papa santo
São Paulo VI, pontífice sóbrio e controlado, grande defensor da vida, e sempre foi “antes de tudo um sacerdoteâ€.
São Oscar Arnolfo Romero, amigo dos pobres e da paz, por isso perseguido pelo partido nacionalista de San Salvador. Foi morto enquanto celebrava a Missa.
São Vicente Romano, napolitano, viveu no início do século XIX conhecido como o “padre incansávelâ€, buscava os criminosos e rezava pela sua conversão nas ruas com uma cruz e um sino.
Jean-Baptiste Foque, beatificado em 30 de setembro, trabalhou muito pela sua cidade Marselha, fundou o hospital São José, um exemplo até hoje na França.
Tibúrcio Arnáiz Muñoz, beatificado em 20 de outubro, jesuíta que nas periferias espanholas propunha os exercícios espirituais de Santo Inácio aos pobres e aos analfabetos.
As religiosas
Clara Fey, recebeu em sonho o Menino Jesus que a chamava para se dedicar aos pobres, e dedicou-se a este apostolato toda a sua vida. Fundou a Congregação das Irmãs do Pobre Menino Jesus, em Aachen, na Alemanha. Foi beatificada em 5 de maio.
Maria da Conceição, fundou as Filhas de Maria Imaculada – as Marianistas – maria da Conceição, de origens nobres e de família rica, deixou tudo para levar a Palavra de Deus aos camponeses com a sal “pequena sociedadeâ€. Beatificada em 10 de junho.
Clelia Merloni, beatificada em 3 de novembro, foi madre superiora e se aproximou da vida monástica com algumas amigas com as quais ensinava a alegria às crianças. Fundou o Instituto das irmãs Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus.
Santa Maria Catarina Kasper, fundadora das Pobres Servas de Jesus. Tinha o carisma de se dedicar aos pobres porque ela também tinha sido pobre, foi ajudada economicamente pelos próprios paroquianos para fundar o seu Instituto. Trabalhou nas lavouras até a sua morte.
Maria Felícia de Jesus Sacramentado, foi uma simples irmã da ordem da Carmelitas Descalças, beatificada em 23 de junho depois de uma vida dedicada às crianças e aos idosos: o seu “caminho da perfeiçãoâ€, sua estrada pessoal para a santidade. Aquela que cada um de nós é chamado a encontrar e a seguir. Talvez assim possamos começar realmente o ano de 2019.
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