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Cidade do Vaticano

“Estamos extremamente angustiados com a notícia da morte de Jakelin Caal Maquin, de sete anos, pouco depois de cruzar a fronteira dos Estados Unidos com o pai e dos dois se entregarem à Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos em busca de asilo. Nossas orações e condolências sinceras vão para a família de Jakelin”. Assim começa a mensagem da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos sobre o episódio que chamou a atenção da comunidade internacional.

Os bispos alertam que, com esse episódio, devemos recordar as “profundas consequências humanas de nossas políticas de imigração falidas”, incluindo também as restrições ao fluxo de requerentes de asilo na fronteira, que podem levar mais famílias a buscar a entrada por meio de barcos ilegais, o que representa maior risco. “A morte de Jakelin é um lembrete trágico da situação desesperadora de muitos que fogem da violência, perseguição e pobreza”, afirma a Conferência Episcopal.

Na declaração, os bispos reconhecem o trabalho e o comprometimento da Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos para garantir a segurança, mas pedem que “a liderança desse serviço revise criticamente as políticas relativas ao atendimento das populações vulneráveis ??sob sua custódia. Nós prometemos ajudar a Patrulha de Fronteira a fazê-lo”.

Por fim, a Conferência Episcopal fala sobre como o Evangelho nos ensina a lidar com a situação da imigração: “Como nação, temos a obrigação de receber pessoas e famílias desesperadas com tratamento de boas-vindas, compaixão e humanidade. Devemos prestar atenção às palavras de Cristo de que ‘tudo que fizeste por um destes meus irmãos e irmãs, fizeste por mim’ (Mateus 25,40)”.

Jakelin Caal Maquin morreu aos sete anos vítima de desidratação. Ela fazia parte de um grupo de 163 pessoas que abordaram agentes dos Estados Unidos para se entregarem, no estado do Novo México. Sob custódia da Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos, ela começou a ter convulsões. Chegou a ser levada ao hospital, mas morreu em poucas horas.