Almoço de Natal para pobres e presos: investir em humanidade
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
Em semana que antecede o Natal, o espírito da solidariedade e da criatividade favorece os mais necessitados que vivem na Itália. De um lado, o convite feito pelo Papa Francisco que foi aceito pelos pobres assistidos pela Cáritas de Roma. Do outro, detentos e familiares de 13 presídios do país beneficiados com pratos criados por chefs famosos.
Almoço de Natal em nome do Papa
Nesta terça-feira (18), em Castelporziano, interior de Roma, a Esmolaria Apostólica, em nome do Papa Francisco, recebeu um grupo de pobres para um almoço de Natal. Os atletas do Grupo Esportivo “Fiamme Gialle”, da Polícia Fiscal Italiana, viraram cozinheiros e também serviram as refeições aos convidados. A iniciativa foi promovida pela Athletica Vaticana, a representação atlética da Santa Sé.
Um Almoço de Amor
O almoço de terça-feira (18) também foi especial para 2 mil pessoas, entre presos, familiares e voluntários de 13 institutos penitenciários da Itália. Para a refeição de Natal, muitos produtores disponibilizaram aos presídios carne, pão, massa e doces.
Pelo quinto ano seguido, o projeto “Outra cozinha... para um almoço de amor” ofereceu pratos “estrelados” aos detentos, criados por chefs famosos e servidos por artistas da música, do teatro e da TV, além de atletas e jornalistas. Só em Roma, por exemplo, na seção feminina do Presídio de Rebibbia, uma famosa chef conhecida no mundo televisivo italiano, Anna Maria Palma, cozinhou para 350 presas.
A iniciativa promovida pelo movimento eclesial Renovação no Espírito Santo (RnS), que conta com mais de 200 mil pessoas divididas em 1900 grupos e comunidades, passou por presídios de Milão, Turim, Palermo, Bolonha, Bari, Salerno, Siracusa, Massa Carrara, Eboli, Lanciano e Ivrea.
Segundo o presidente da entidade, Salvatore Martinez, “hoje o que faz notícia é o business e não o bem comum: com o Almoço de Amor queremos superar a ‘cultura do descarte’, referida por Papa Francisco, e investir em humanidade. Nós acreditamos que Deus possa fazer nascer filhos das pedras: inclusive os corações mais duros podem se abrir!”.
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