Bispos da Argentina: ¡°Coragem e humildade para enfrentar as mudan?as"
Cidade do Vaticano
Realiza-se de 5 a 9 de novembro em Pilar, na Argentina, a 116ª Assembleia Plenária dos Bispos Argentinos (CEA). Na programação dos trabalhos, terá espaço adequado, como sempre, para discussões e informações sobre a realidade e sobre a pastoral de cada diocese, assim como para a intervenção das Comissões da CEA e enfim, serão discutidos alguns importantes temas que envolvem a Igreja na Argentina.
Os desafios pastorais iluminados pelo Evangelho
Na homilia da missa de abertura, o presidente da CEA e bispo de San Isidoro, Dom Osar V. Ojea disse que ¡°foi um ano muito difícil. Muitos eventos dos últimos meses nos deixaram perplexos, e ao mesmo tempo representam grandes desafios pastorais que devem ser iluminados pela luz do Evangelho¡±.
Situações complexas e conflituais que afligem a Igreja
O presidente da CEA citou algumas ¡°situações complexas e conflituais¡±: o debate sobre o aborto e o seu impacto sobre nossos jovens, inclusive em escolas e comunidades; o fenômeno da apostasia; as denúncias de abusos que aumentam a dor no profundo do coração da Igreja; os ataques à pessoa do Santo Padre de dentro e de fora da Igreja, ¡°de um modo sem precedentes¡±. Dom Ojea prosseguiu dizendo: ¡°Tudo isso é vivido no contexto de uma crise social e econômica que atinge todo o povo argentino, e que é resultado da desconfiança da liderança política, aumentando as diferenças sociais, a raiva e a intolerância, que tornam a convivência complexa¡±. O bispo argentino sugere que cada um faça uma séria reflexão, como cristão que escuta a Palavra de Jesus.
A Igreja argentina precisa de coragem para enfrentar as mudanças
Dom Ojea revelou enfim que na situação atual é preciso coragem: ¡°Precisamos da coragem, da coragem de Jesus. Coragem para enfrentar as mudanças. A parresia é um dom do Espírito. É a disposição espiritual de falar livre e sinceramente mesmo em situações adversas¡±.
O episcopado é chamado ao diálogo para reforçar a unidade
Enfim, Dom Ojea concluiu chamando o episcopado à unidade: ¡°Devemos estar atentos e ajudarmo-nos, não pela nossa honra, mas para o santo povo fiel de Deus, que pode estar confundido e desmoralizado pelas mensagens que recebe. Hoje mais do que nunca devemos vigiar e defender a unidade do nosso episcopado, procurando apresentar os nossos acordos e desacordos, não permitindo que o espírito do mal nos divida. É um momento de diálogo sincero, profundo e corajoso entre nós. Esse diálogo nos enriquece e favorece a nossa unidade¡±.
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