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 Padre Tony Neves  Padre Tony Neves  

Padre Tony Neves: “Estamos todos para fazer a vontade de Deus”

Missionário português coordena serviço da «Justiça, paz e integridade da criação» dos Espiritanos a nível global.

Domingos Pinto - Lisboa

“É uma missão de animação, de formação, de sensibilização, de encorajamento” - é assim que o padre Tony Neves acolhe em entrevista à VATICAN NEWS a sua nomeação para coordenar o serviço da «Justiça, paz e integridade da criação» dos Espiritanos a nível global.

Uma nova missão na sua congregação que inicia esta semana em Roma. O sacerdote que desejava regressar a uma “linha da frente de missão”, após ter sido provincial em Portugal, é o primeiro português a ser chamado para um cargo desta responsabilidade na sua congregação, um mandato de três anos.

“Ninguém existe para fazer a sua vontade. Estamos todos para fazer a vontade de Deus” - diz o padre Tony Neves que considera que é preciso trabalhar para que haja paz, justiça, fraternidade e respeito por uma ecologia integral, “como o papa tanto pediu na Laudato Si”.

“O papa está sempre a dizer, temos que ir às periferias e às margens”, sublinha o sacerdote que destaca o conceito de ecologia integral, mas deixa uma advertência: “Temos que amar a natureza, mas antes e acima de tudo, temos que amar os pobres”.

O padre Tony Neves promete dar atenção às questões da justiça e da paz nos países de expressão portuguesa, e espera que “sejam vividas, sejam implementadas e constituam um compromisso missionário em todo o espaço lusófono”.

Ainda no contexto da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, o sacerdote diz que “é uma pena, é lamentável” que a Guiné-Equatorial ainda não tenha abolido a pena de morte no país.

Já sobre Portugal, o padre Tony Neves aponta as assimetrias sociais com “gente muito rica e gente muito pobre, gente com oportunidades que desperdiça e gente que não tem praticamente oportunidades para viver com dignidade”.

“A solução passa por um enquadramento legal que favoreça o combate sem tréguas à pobreza e á miséria que ainda existe”, conclui o sacerdote português.

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18 setembro 2018, 13:22