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País-membro da União Europeia, Luxemburgo é sede do Parlamento europeu. Na foto, bandeira da União Europeia País-membro da União Europeia, Luxemburgo é sede do Parlamento europeu. Na foto, bandeira da União Europeia 

Justiça e Paz: não votar permite a outros usar democracia para fins próprios

Justiça e Paz Luxemburgo pede uma “ampla auto verificação social†sobre o valor da democracia a fim de recuperar “entusiasmo para o grande projeto de liberdade e democraciaâ€, de modo que “o dever do voto perca a conotação de obrigaçãoâ€, mas seja vivido como “expressão de uma conquista democráticaâ€.

Cidade do Vaticano

“A democracia pode existir somente se soubermos o que está em jogo, se nos deixarmos inspirar pela ideia de liberdade e enfrentarmos as ameaças que surgem para a democracia, se nos deixarmos inspirar pelos desenvolvimentos da sociedade moderna.â€

Votar, "expressão de uma conquista democrática"

É uma passagem conclusiva de uma declaração de Justiça e Paz – órgão da Igreja católica – Luxemburgo publicada com vistas para as eleições parlamentares de outubro próximo no grão-ducado (situado entre Alemanha, França e Bélgica, Luxemburgo é o menor país-membro da União Europeia e sede do Parlamento europeu, ndr).

O fenômeno problemático do “cansaço eleitoralâ€

O problema, lê-se no texto, é o “cansaço eleitoralâ€, “fenômeno problemático†a nível global, razão pela qual “as pessoas que gozam do privilégio de viver numa democracia têm cada vez menos consciência de seu direito ao votoâ€. Para Luxemburgo especificamente, significa que cerca de 13% dos eleitores não votou nas eleições municipais de outubro de 2017.

É preciso verificação social da democracia

Justiça e Paz pede uma “ampla auto verificação social†sobre o valor da democracia a fim de recuperar “entusiasmo para o grande projeto de liberdade e democraciaâ€, de modo que “o dever do voto perca a conotação de obrigaçãoâ€, mas seja vivido como “expressão de uma conquista democráticaâ€.

A digitalização, o individualismo, as fraturas sociais, a complexidade global, o peso das lobbys econômicas ameaçam a democracia hoje, explica o documento. Por conseguinte, votar significa “assumir a responsabilidade de cidadãos†e expressar “o respeito pelos concidadãos†e a importância de um diálogo social.

Não votar é deixar que outros usem a democracia para fins próprios

Não votar é “não participar da definição democrática da sociedade e do bem comum†e expõe ao risco de “deixar o campo aos outros a fim de que usem a democracia para os próprios finsâ€.

(Sir)

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31 julho 2018, 16:20