Secretária executiva da CPLP: “Francisco é um Papa muito querido pelas pessoas”
Domingos Pinto - Lisboa
“Tem sido um exemplo de prestígio para a igreja católica e sobretudo, tem demonstrado, de facto, no seu papado, muito humanismo, e isto é, de facto, muito bom”, diz a Secretária Executiva da Comunidade de Países de Língua Portuguesa na sua primeira entrevista ao portal da Santa Sé.
“Um papa muito querido pelas pessoas”, um “papa reformista”, sublinha Maria do Carmo Silveira que elogia o papel da igreja católica nos PALOPS, e, enquanto santomense, gostaria de ver o Papa Francisco em S. Tomé e Príncipe.
Já sobre a próxima cimeira da organização lusófona, a realizar nos dias 17 e 18 deste mês na ilha do Sal, em Cabo Verde, a Secretaria executiva da CPLP diz que vai ser “um momento de reforçar as relações de cooperação, de solidariedade, de amizade”, que existe entre os países membros, uma cimeira “promissora, de reforço da CPLP enquanto organização”.
Uma cimeira que deverá ser alargada a 10 novos observadores, entre os quais e pela 1ª vez, uma organização internacional, a organização Ibero Americana para a Ciência e Tecnologia.
As questões relacionadas com a mobilidade vão estar no centro da cimeira, “uma exigência dos cidadãos dos nossos Estados-membros como forma de consolidarmos o sentimento de pertença a uma mesma comunidade e como forma de se promover o desenvolvimento dos Estados-membros”, diz a Secretária executiva da CPLP que dá como exemplo a supressão de vistos para os “passaportes diplomáticos especiais de serviço”, e ainda “protocolos para a facilitação de vistos para os estudantes”.
Nesta área, da mobilidade e circulação de pessoas no espaço lusófono, Maria do Carmo Silveira sublinha a importância da proposta conjunta que Portugal e Cabo Verde levam para este encontro, e espera mesmo “que a cimeira traga novidades em relação a isto”.
Nesta entrevista à VATICAN NEWS a Secretária executiva da CPLP destaca por outro lado “uma melhoria” da situação na Guiné-Bissau e espera que na cimeira “haja algum pronunciamento” em relação à abolição da pena de morte na Guiné-Equatorial.
Já sobre a Língua Portuguesa, sublinha que tem havido “um franco crescimento”, como uma das línguas mais faladas no mundo, mas aponta ainda dificuldades na Guiné-Equatorial e em Timor Leste.
A Secretária executiva da CPLP faz a concluir um balanço “positivo” do seu mandato de ano e meio, mas também diz que “gostaria de ter feito mais”.
“Ao longo deste período demos seguimento ao processo da visibilidade internacional da CPLP”, e “reforçámos a colaboração com outros organismos internacionais”, sublinha Maria do Carmo Silveira que deixa uma sugestão: “A CPLP tem de continuar a estruturar-se”, com “maior autonomia, mais poderes ao próprio secretariado executivo”.
A XII conferência de chefes de Estado e de Governo, na Vila de Santa Maria, ilha do Sal, vai marcar a transição da presidência ‘pro tempore’ da comunidade lusófona do Brasil para Cabo Verde.
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp