O desporto precisa de “profetas” que lhe “confiram dignidade”
Domingos Pinto-Lisboa
“Sinto-me no dever de falar sobre tudo o que envolve o ser humano”, disse D. Jorge Ortiga no Espaço Vita, em Braga, no passado dia 19 de julho, na apresentação da carta pastoral «Desporto: Escola e Missão de Humanidade», o 1º documento do género numa diocese portuguesa.
O prelado contextualizou a iniciativa tendo em conta o fato de Braga ser este ano capital europeia do desporto, e ainda o Campeonato Mundial de Futebol, que terminou no dia 15.
O Arcebispo de Braga sublinhou neste âmbito a relevância do documento do Dicastério para os Leigos, Família e Vida, “Dar o Melhor de Si”, uma reflexão que pretende ser um contributo da igreja para a prática desportiva.
D. Jorge Ortiga focou depois o desporto como “um direito e um dever” do ser humano, e salientou a competição saudável, “testemunhada, por exemplo pelos Jogos Olímpicos”, que deve ser enfatizada, ao contrário da que acontece “e anda mais pelos jornais”.
O cristão que está neste meio deve ter uma atitude diferente, afirmou o prelado, que destacou a importância do desporto “para a alegria, para igualdade, para a coesão social, para a solidariedade. Não deve ser puramente competição; se assim for poderia degenerar”.
O desporto precisa de “profetas” que lhe “confiram dignidade”, de forma a torna-lo “verdadeiramente humano e aberto a valores intemporais”, precisou D. Jorge Ortiga que deixa um alerta: “Urge voltar a colocar o desporto nos estádios e não permitir que alimentem conversas com verdades parciais”.
Uma preocupação tendo em conta a realidade portuguesa, oportunidade para o Arcebispo de Braga acentuar algumas críticas aos dirigentes e à comunicação social, e pede caridade e compromisso dos cristãos neste meio.
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