Carta do patriarca Louis Raphael Sako aos iraquianos
Bagdá
Carta do patriarca Louis Raphael Sako aos iraquianos, retornando a casa depois do Consistório no qual o Papa o criou cardeal: "Para mim, esta missão é servir ao meu país devastado e servir a todos sem exceção, como está fazendo o Papa Francisco em todo o mundo (...) O vestido vermelho e o barrete vermelho do Cardeal simbolizam o martírio, especialmente em nosso país, que foi "provado" mais de uma vez. Certamente simboliza o sangue de tantos mártires que foi derramado nesta terra por todos os membros da sociedade iraquiana. Mas o vermelho é também um símbolo do amor, que deve inflamar o coração de quem o veste, para que ofereça a sua vida àqueles a que ama sem condições.
Nesta ocasião - continua DomLouis Raphael Sako na sua carta -, prometo a todos os iraquianos, como fiz há cinco anos, quando fui eleito patriarca, de ser honesto e sincero; irmão e servo de todos; de fazer o melhor possível, confiando-me às bênçãos de Deus e cooperando com todas as pessoas boas, a fim de fortalecer a unidade e a colaboração entre os iraquianos; de promover uma convivência harmoniosa; de encorajar a cultura do diálogo e da compreensão; de realizar um ambiente melhor baseado no amor, na justiça, na igualdade, na liberdade, na dignidade e na paz. Na consciência de que não temos futuro sem paz e sem convivência, escreveu.
Religião e violência são incompatíveis
Já que religião e violência são incompatíveis, - afirma o patriarca -, gostaria de convidar as autoridades muçulmanas, cristãs e outras autoridades religiosas a serem símbolos nacionais, contribuindo para alcançar a reconciliação, a paz e a estabilidade, derrotando o extremismo e a violência. Da mesma forma, peço a todos os políticos iraquianos que se reconciliem e “virem a página” para deter essa “guerra em curso” em nossa terra, que destruiu “o ser humano” e as “pedras”.
Devemos preservar a nossa unidade, pois o país não pode ser construído pelo sectarismo e pelo interesse pessoal, mas sim por uma cidadania justa e completa. Por isso, exorto todos os parceiros a acelerarem o processo de formação de um governo forte, baseado na constituição iraquiana. Um governo capaz de desenvolver uma estratégia geral para erradicar a corrupção e melhorar os serviços (...) Continuemos - conclui a carta o patriarca Sako -, a rezar para que os sinais de esperança superem nossas preocupações e medos em uma situação tão difícil e permaneçamos orgulhosos de nosso amado país ".
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