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Portugal: Salário mínimo não permite viver acima do limiar da pobreza

Alerta do coordenador nacional da Liga Operária Católica no Dia do Trabalhador, 1º de Maio.

Domingos Pinto – Lisboa

“Quando se tem um salário mínimo da ordem do nosso, dos valores do nosso, vive-se abaixo do nível da pobreza”.

A preocupação é sublinhada à VATICAN NEWS por José Paixão, coordenador nacional da Liga Operária Católica que subscreve a mensagem do Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos para as comemorações do 1º de Maio.

Uma mensagem que chama a atenção para a «concentração de riqueza» que marginaliza os mais necessitados e pede que a classe trabalhadora tenha uma “vida digna”, com “terra, casa e trabalho”.

“Uma economia que não está virada para as pessoas, para os de menores recursos, mas que está claramente virada para os grandes grupos económicos”, diz José Paixão que exemplifica com a redução de salários, e os cortes na saúde, segurança social e educação.

Apesar de reconhecer, no caso português, “uma ligeira melhoria em relação à devolução de alguns rendimentos”, o coordenador nacional da LOC fala de “uma elevada precariedade no trabalho”, e lembra  que “em Portugal continua a haver mais de 2 milhões de pessoas abaixo do nível de pobreza”.

“É muito bom para a LOC que o Papa Francisco tenha vindo a fazer do seu pontificado uma ação bastante direta e bastante concreta em relação à defesa do trabalho digno e em relação à preocupação com os trabalhadores, e principalmente com os mais desfavorecidos”, acrescenta ainda José Paixão.

1º de maio, Dia do Trabalhador

 

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01 maio 2018, 15:26