AIS í: aumenta a ajuda aos ãDz obrigados a deixar o país
Cidade do Vaticano
Enquanto os combates e bombardeamentos em Goutha e Afrin causam centenas de vítimas, e emocionam o mundo inteiro, continua e se reforça o trabalho silencioso da “Ajuda à Igreja que Sofre” (AIS) ao lado dos cristãos sírios.
“Mesa de São João o Misericordioso”
A Fundação pontifícia, principal realidade de caráter pastoral que atua no Oriente Médio, conta atualmente com 124 operações em favor dos cristãos da Síria. Nos últimos dias, com o aumento da crise, a AIS aumentou seu apoio à “Mesa de São João o Misericordioso”, um refeitório gerido pela Igreja melquita em Sahle, no Líbano, que oferece comida a cerca de mil refugiados sírios por dia.
“O projeto iniciou em dezembro de 2005 com 500 refeições quentes, - explica o diretor da AIS, Alessandro Monteduro – mas o número de refugiados cristãos vindos da Síria foi sempre aumentando e hoje as exigências são mais do que o dobro”. Nestes longos anos de guerra, milhares de fiéis sírios encontraram refúgio em Zahled, onde está a maioria cristã, ao leste de Beirute, na espera de um dia poder voltar ao seu país.
Na “Mesa de São João o Misericordioso”, os refugiados cristãos não encontram apenas comida mas também apoio espiritual e conforto, graças à presença constante de um sacerdote e alguns voluntários. Ninguém é esquecido: para os idosos e os doentes que não conseguem chegar até o refeitório, os voluntários organizam um serviço “a domicílio”.
Isso é apenas um exemplo do amplo empenho da Fundação pontifícia para os cristãos da Síria desde o início do conflito em 2011.
Doações e projetos
“O valor das doações, mesmo sendo grande, mais de 20 milhões de euros, não cobre totalmente as despesas do nosso apoio – continua Monteduro – que é capaz de responder às mais diversas exigências. Desde roupas e agasalhos para o inverno às intenções das Missas para os sacerdotes”.
Atualmente os projetos sustentados pela AIS refletem o espírito de uma realidade que desde sempre deixa à cada uma das dioceses a tarefa de indicar as prioridades da própria ação em campo. “Assim como se reflete a nossa completa ‘cobertura’ em todo o território da Síria, e não somente nas áreas que estão sob os refletores da mídia”.
Desde a “Sopa solidária” oferecida pelo convento Ibrahim Al Khalil de Damasco, aos ranchos de sobrevivência doados a centenas de famílias cristãs em Lattakia. Da eletricidade para as famílias cristãs que ficaram em Aleppo, às ajudas para a educação e a assistência médica para os cristãos refugiados em Marmarita, no chamado Vale dos Cristãos, ao combustível doado às famílias de Nebek, situada na estrada entre Damasco e Homs.
Intervenção humanitária e pastoral
As intervenções humanitárias representam uma prioridade no atual cenário sírio, mas a AIS não esquece o elemento fundamental da própria missão: sustentar a pastoral da Igreja.
De fato, a Fundação financia a publicação e a difusão de catecismos e outros textos religiosos em toda a Síria, a formação de seminaristas, sacerdotes e religiosas, e várias colônias de férias organizadas pela Igreja, como o de Machta Al Helou promovida pela arquidiocese sírio-católica de Aleppo.
Também são numerosas as reconstruções, entre as quais a da Igreja de São Jorge em Sadad, a pequena cidade conhecida pelo cruente ataque anticristão ocorrido em 2013.
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