RDC. Bispos preocupados com impasse no processo eleitoral e situa??o socio-±è´Ç±ô¨ª³Ù¾±³¦²¹ no Pa¨ªs
Padre Bernardo Suate ¨C Cidade do Vaticano
Poucos dias após o assassinato de um sacerdote católico, e enquanto a Igreja continua a ser alvo de numerosos ataques e intimidações, o Conselho Permanente da Conferência dos Bispos da República Democrática do Congo (CENCO) voltou a expressar a sua preocupação com a estagnação do processo político no País.
"A CENCO está muito preocupada com o facto de que a implementação dos pré-requisitos exigidos pelo Acordo de Ano-Novo para a organização de eleições livres, transparentes e pacíficas", ainda se faz esperar, recordam os bispos numa declaração da última sexta-feira (13/4) e assinada pelo Secretário Geral e porta-voz da Conferência, Padre Donatien Nshole.
Os bispos mostram-se preocupados com os aspectos técnicos da votação, e particularmente com a certificação das máquinas de votação, mas também mencionam a questão da dupla nacionalidade, dizendo temer "o aumento das tensões identitárias e a instrumentalização da Justiça para regular contas políticas¡±.
Os bispos também lamentam a crescente tensão diplomática entre o actual governo, sempre controlado pelo presidente cessante Joseph Kabila, apesar do término do seu mandato constitucional em dezembro de 2016, e pela comunidade internacional. "Uma tensão que infelizmente levou a tomadas de decisões que penalizam ainda mais o povo congolês", lamenta a CENCO, mencionando em particular a recusa do governo congolês em participar na Conferência dos doadores para dar resposta à crise humanitária na RDC.
Além disso, após o assassinato do padre Etienne Sengiyumva, a CENCO se faz porta-voz do grito de angústia do bispo de Goma, "que afirma que o Norte de Kivu se sente abandonado por todos, na insegurança como em muitas outras províncias da RDC, onde a paz continua a ser um sonho. O facto que os sacerdotes são tomados como alvos é uma ulterior preocupação para os bispos. Eles pedem ao governo congolês para que assuma as suas responsabilidades de garantir segurança para toda a população e seus bens¡± ¨C conclui o documento.
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