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Custódio da Terra Santa, Pe. Patton: não trabalhamos para obter lucro

Padre Frei Francesco Patton fala sobre o fechamento do Santo Sepulcro em resposta à iniciativa israelense de cobrar impostos sobre prédios eclesiásticos e de limitar os direitos de propriedade das Igrejas.

Cidade do Vaticano

“Não temos nenhuma intenção de brigar com o Estado de Israel, temos ótimas relações e em todas as ocasiões buscamos colaborar”, mas “houve algumas ações que prejudicam nossos interesses”. “Se houver a possibilidade de reencontrar-nos em torno de uma mesa e discutir, o faremos juntos de bom grado. Não como comunidade individualmente considerada, mas juntos como comunidades cristãs envolvidas”.

Assim tem início a entrevista concedida ao Pope pelo Custódio da Terra Santa, Padre Frei Francesco Patton, instado a comentar a decisão das três Igrejas – ortodoxa, armênia e católica – de fechar o Santo Sepulcro de Jerusalém, “Santuário mais importante da cristianismo”.

 

Santo Sepulcro fechado pela primeira vez

“São duas questões a serem resolvidas”, precisa Frei Patton. “A questão do pagamento de impostos sobre prédios das Igrejas com valor retroativo. Trata-se de uma exigência que não considera o fato que não trabalhamos para obter lucro, mas para oferecer também serviços de tipo social que inclusive aliviam despesas da própria municipalidade. Nossos balanços de final de ano quando conseguem obter um equilíbrio entre entradas e saídas já é um bom resultado, explica o religioso franciscano. A outra questão diz respeito à proposta de lei que consideramos discriminatória vez que pretende regular o direito de propriedade, de locação e as transações apenas para os terrenos das Igrejas, acrescenta.

Hipótese de reabertura do Santo Sepulcro

“Não pode tratar-se de um fechamento definitivo”, responde o Custódio da Terra Santa, “isso é evidente, mas creio que essa dificuldade ajude a fazer refletir”, conclui Frei Patton.

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26 fevereiro 2018, 20:38