Inaugurada no Egito igreja dedicada aos coptas martirizados na ³¢¨ª²ú¾±²¹
Giada Aquilino e Jackson Erpen ¨C Cidade do Vaticano
Foi inaugurada oficialmente esta quinta-feira, 15, na Província de Minya, no Egito, a Igreja dos ¡°mártires coptas na Líbia¡±, dedicada aos 21 egípcios decapitados nas costas da Líbia em 2015 por terroristas da facção Estado Islâmico.
A igreja - localizada no povoado de Our, proximidades de Lamalut, área de onde provinham 17 dos 21 cristãos barbaramente executados de joelhos em uma praia ¨C ¡°é um sinal muito positivo, porque imortaliza seus nomes e seus testemunhos ao Evangelho¡±, comenta o bispo copta-católica de Minya, Dom Boutros Fahim Awad Hanna.
Tal iniciativa, ¡°encoraja todos os cristãos do Egito a serem firmes na própria f顱, apesar das adversidades, enfatiza.
A dor do Papa pelo ato bárbaro
Há exatos três anos era divulgado um vídeo que mostrava ao mundo a barbárie ocorrida na costa da Líbia.
¡°O vídeo com a execução deles ¨C havia declarado à Agência Fides o bispo copta-católico de Gizé, Dom Aziz Mina ¨C foi construído com uma assombrosa ambientação cênica, com a intenção de espalhar o terror. E naquele produto diabólico de ficção e de horror sanguinário, se vê que alguns dos mártires, no momento de sua bárbara execução, repetem ¡°Senhor Jesus Cristo¡±. O nome de Jesus foi a última palavra que brotou de seus lábios. Como na paixão dos primeiros mártires, entregaram-se Àquele que pouco depois os acolheria. E assim celebraram a sua vitória, a vitória que nenhum carnífice poderá tirar deles. Aquele nome sussurrado no [ultimo instante foi como o selo de seus martírios¡±.
O Papa Francisco, informado do ocorrido, exprimiu horas mais tarde - ao receber uma delegação da Igreja reformada da Escócia ¨C sua profunda tristeza, recordando que ao serem assassinados eles pronunciaram a frase ¡°Jesus, ajuda-me!¡±.
Assassinados ¨C acrescentou ¨C ¡°pelo simples fato de serem cristãos¡±. O deles ¨C acrescentou ¨C ¡°é um testemunho que grita¡±, no sinal do ¡°ecumenismo de sangue¡±.
Pela vida e com a vida
É um ¡°testemunho pela vida e com a vida. Esta é a atitude mais forte em relação à f顱, prossegue o bispo de Minya, evidenciando como o sacrifício dos 21 egípcios recorda que ¡°o martírio é algo que pode acontecer a qualquer fiel, pois eles eram pessoas simples, tinham ido à Líbia para ganhar algo para sobreviver¡±.
Trata-se ¨C completa Dom Botros Fahim Awad Hanna ¨C de ¡°um testemunho da própria fé, com o sangue¡±, ¡°não somente como algo que se precisa sofrer, mas um dom do Senhor¡±.
Testemunho com o sangue
¡°Para todos os cristãos egípcios e do Oriente Médio ¨C mas em particular no Egito ¨C o testemunho com o sangue já está presente, é atual, cotidiano. E é isto que nos torna sempre mais unidos, porque na dor, na perseguição, no sofrimento e nas dificuldades, os cristãos ¨C mas também as pessoas, no geral ¨C sentem-se muito mais próximas do que quando não existem dificuldades e problemas na vida¡±.
A Província de Minya
A dedicação da igreja aos mártires coptas egípcios na Líbia assume um significado particular na Província de Minya, região em que nos últimos tempos foram atacados locais de culto e habitações de cristãos.
¡°É uma das regiões mais difíceis¡± - observa Dom Botros Fahim Awad Hanna ¨C porque ¡°entre as pessoas de fé islâmica¡±, há um alto percentual de ¡°fanáticos¡±.
Mas a inauguração de hoje indica ¡°haver um consenso, a permissão do governo. Antes ainda ¨C conclui o bispo ¨C foi uma iniciativa do próprio presidente (al-S¨©s¨©, ndr), para que este testemunho fosse permanente¡±.
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