ҽ

Corredores humanitários: 114 imigrantes chegam à á

O projeto já trouxe mais de mil imigrantes ao teritório italiano e conta com o apoio do Papa Francisco.

Bianca Fraccalvieri - Cidade do Vaticano

Corredor humanitário em ação: o aeroporto romano de Fiumicino foi a porta de entrada para 114 imigrantes oriundos de Eritreia, Sudão do Sul e Somália. Graças a um acordo entre o governo italiano e entidades da Igreja (Comunidade de Santo Egídio, Conferência Episcopal Italiana, Cáritas Italiana e Fundação Migrantes), os requerentes de asilo puderam deixar com um voo de linha a Etiópia, onde residiam, e evitar traficantes de seres humanos e travessias arriscadas no Mar Mediterrâneo.

Na capital Adis Abeba, metade dos migrantes residia em campos de refugiados, a outra metade vivia na periferia em alojamentos precários. O grupo é composto principalmente por mulheres, crianças e enfermos. O acordo prevê a transferência até 2019 de 500 requerentes de asilo da região do Chifre da África para a Itália.

O acolhimento será feito em paróquias, institutos religiosos e famílias, as quais acompanharão o percurso de integração social e profissional dos recém-chegados, responsabilizando-se também pela assistência de saúde.

Corredores humanitários: uma alternativa segura

 

Os corredores humanitários são um programa de acolhimento na Itália dirigido a migrantes em especiais condições de vulnerabilidade: mães solteiras, vítimas do tráfico de seres humanos, idosos e enfermos. A iniciativa nasceu em 2016 de uma parceria entre o Ministério das Relações Exteriores e a Comunidade de Santo Egídio, a Federação das Igrejas Evangélicas e os valdeses. Trata-se de um projeto-piloto que demonstra que é possível garantir ingressos regulares por vias legais, sem que os migrantes recorram a “viagens da esperança”.

De fato, na coletiva de imprensa no aeroporto, o secretário-geral dos bispos italianos, dom Nunzio Galantino, pediu o fim da exploração política e econômica dos imigrantes, usando o termo “chacais” para quem lucra com esta exploração.

Papa Francisco

 

Este mesmo projeto já trouxe mais de mil imigrantes à Itália, e um de seus promotores foi o Papa Francisco, que ofereceu esta oportunidade a 12 cidadãos sírios quando visitou a ilha grega de Lesbos em abril de 2016.

“Observo com admiração a iniciativa dos corredores humanitários (…), são a gota que mudará o mar”, afirmou o Pontífice naquela ocasião. O projeto se tornou um modelo na Europa e já foi aplicado na França e na Bélgica.

Corredor humanitário em ação

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp

27 fevereiro 2018, 14:42