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Encontro sobre direitos humanos dos migrantes, em Los Angeles Encontro sobre direitos humanos dos migrantes, em Los Angeles 

Bispos dos EUA: a migração familiar faz parte de nosso país

"Para o Papa Francisco, a família é o fundamento da coexistência e um remédio contra a fragmentação social", sublinhou o bispo estadunidense.

Cidade do Vaticano

Cerca de 800 mil jovens correm o risco de ser expulsos dos Estados Unidos, em 5 de março próximo, quando vencerá a proteção legal do programa Daca (Deferred Action for Childhood Arrivals), que concede autorização temporária para morar, trabalhar e dirigir nos EUA aos que entraram no país de forma ilegal quando eram crianças. Eles são definidos como “dreamers” (sonhadores).

Especificamente, significa obter uma autorização de trabalho válida por dois anos, renovável, desde que atenda a sete requisitos, incluindo: ter tido menos de 31 anos em junho de 2012; residir nos EUA desde junho de 2007 e frequentar ou ter frequentado escolas.

Bispos dos Estados Unidos sobre migração familiar

Em 26 de janeiro passado, a administração Trump propôs um percurso de cidadania para os “dreamers”, mas para os bispos estadunidenses os cortes propostos para a imigração familiar e a eliminação da proteção de menores não acompanhados são ainda muito preocupantes.

O Bispo de Austin, Dom Joe S. Vásquez, presidente da Comissão para a Migração da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, declarou: “A migração familiar faz parte de nosso país e nossa Igreja. Para o Papa Francisco, a família é o fundamento da coexistência e um remédio contra a fragmentação social”.

“Apoiar e proteger a unidade familiar, independentemente de suas origens nacionais é vital para a nossa fé. Além disso, na busca de uma solução aos “dreamers”, não devemos virar as costas aos vulneráveis. Não devemos, por exemplo, trocar o bem-estar dos menores não acompanhados com o bem-estar dos “dreamers”. Todos sabemos que são filhos de Deus que precisam de nossa compaixão e misericórdia”, destacou.

Os bispos estadunidenses pedem uma solução bipartidária para bloquear a nova normativa Trump.

“Como pastores e responsáveis pela Igreja, em nossas paróquias vemos nesses jovens muito medo e tristeza”, concluiu Dom Vásquez.

A Conferência Episcopal dos EUA pede uma ação imediata aos funcionários da administração norte-americana a fim de implementar rapidamente uma legislação humana, proporcional e justa, que garanta segurança a esses jovens imigrantes.

 

 

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01 fevereiro 2018, 19:20