Bispo de Macau centrou a sua mensagem de Natal sobre a renovação da família
Carlos Picassinos - Macau
São estas as linhas fortes da mensagem de Natal deste ano do bispo católico de Macau, Stephen Lee.
Trata-se de uma mensagem em que o prelado faz abundantes citações dos textos pontifícios e em que entrega especial ênfase à família e à juventude. “É preciso cuidar da juventude, das preocupações e das feridas da juventude”, é o convite que o bispo Stephen Lee deixa a abrir a mensagem.
Porque “o mundo está em mudança, importa defender a integridade da família”. Um dos caminhos é o culto da memória. Uma família sem memória, que não recorda, não tem futuro nem tem sentido. “As histórias dos idosos fazem muito bem às crianças e aos jovens, porque os ligam à história vivida tanto pela família como pela vizinhança e o país”, sublinha “mas uma família que recorda é uma família com futuro”, escreve, em citação, à Exortação Apostólica pós-sinodal Amoris Lætitia sobre o amor na família.
Apesar dessa atenção, é também importante evitar um paternalismo sobre os mais jovens. O bispo, citando ainda o Papa, diz que “a obsessão pelo controlo não reforça a maturidade dos mais novos”. Pelo contrário, só os prejudica e lhes retira autonomia. “O que interessa acima de tudo é gerar no filho, com muito amor, processos de cultivo da autêntica autonomia. Só assim este filho terá em si mesmo os elementos de que precisa para saber defender-se”. Por isso, prossegue, “a grande questão não é onde está fisicamente o filho mas onde se encontra em sentido existencial, onde está posicionado do ponto de vista das suas convicções”.
O prelado segue depois com uma outra citação do texto do Papa, A Carta aos Jovens, publicada este ano. Dirige-se aos pais para dedicar mais tempo e aos filhos e lança um desafio aos jovens.
“Se vós quereis mudar o mundo, começai a partir da vossa própria vida, da vossa própria família”, escreve o prelado. “Vós preocupais-vos em saber se os membros da vossa família estão felizes hoje? Encontrais tempo para estar com eles? Da mesma forma, os pais devem investir tempo nos seus filhos [...] Eu acredito que um bom exemplo ajuda os jovens a mudar os seus valores e a adquirir um comportamento mais sólido e estável”.
E daqui a exortação final à Igreja de Macau – grupos, diocese, incluindo paróquias, comissões, associações, Centros Pastorais, Ordens Religiosas e Congregações. Que, nas actividades pastorais, organizem debates e encontos sobre a comunhão e reconcliação.
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