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Dom Jos¨¦ L. Azcona: "Voca??es nativas para a Amaz?nia"

Segundo Dom Jos¨¦ Luiz Azcona, ¨¦ necess¨¢rio cultivar voca??es nativas da regi?o. E o S¨ªnodo Pan-amaz?nico, programado para 2019, ser¨¢ um sinal de esperan?a para a evangeliza??o

Cristiane Murray - Marajó

Hoje, vamos à Ilha de Marajó, a maior ilha fluvial do mundo, propriamente é um arquipélago formado por centenas de rios e de ilhas. Somente a Prelazia do Marajó, situada na desembocadura do rio Amazonas, tem uma extensão similar à de Portugal e uma população de 300.000 habitantes.

As dificuldades que devem ser enfrentadas pela Igreja na região são enormes, a começar pela falta de clero. São poucos os padres que atendem esta imensa área, acessível em muitos casos apenas através do transporte fluvial.

O trabalho pastoral é desempenhado na maioria das vezes por leigos, a presença do padre se reduz a uma ou duas vezes por ano em muitas comunidades. Sem contar que o papel do padre ultrapassa as questões espirituais; muitas vezes ele é chamado a ajudar as pessoas a entenderem os direitos sociais, a tomar consciência, por exemplo, da importância do voto e a auxiliar as pessoas na luta por dignidade.

Tudo isso em uma região onde o desemprego, especialmente dos jovens, é alarmante, onde mais de 40% da população é analfabeta e onde o poder público é praticamente ausente.

Segundo o bispo emérito de Marajó, Dom José Luiz Azcona, é necessário cultivar vocações autóctones, nativas da região. E o Sínodo Pan-amazônico, programado para 2019, com Cristo em seu centro, será um sinal de esperança para a evangelização. ¡°O povo reze por isso¡±, pede Dom José. 

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10 novembro 2017, 14:22