UNICEF - jornada mundial da poliomielite
Mvuato Sebastião Miezi, Pope
Alguns dos fatores da expansão da poliomielite são a guerra e a crise sanitária, de facto, dum lado ¡°nos conflitos, as crianças não só enfrentam bombas e balas, como também correm o risco de contrair doenças mortais que já não deveriam existir,¡± afirmou a Diretora-Geral da UNICEF, Catherine Russell. Por outro lado, ¡°em muitos países, estamos a assistir ao colapso dos sistemas de saúde, à destruição das infra-estruturas de água e saneamento, à deslocação de famílias, desencadeando o ressurgimento de doenças como a poliomielite. As crianças estão paralisadas, incapazes de andar, brincar ou ir à escola¡±.
É também de referir que o declínio global da vacinação infantil provocou um aumento das epidemias de poliomielite, mesmo em países onde a doença já estava erradicada há décadas. Esta situação é mais evidente nos países afetados por conflitos, entre os quais o Afeganistão, a República Democrática do Congo, a Somália, o Sudão do Sul e o Iémen - a lutarem atualmente contra a poliomielite.
A UNICEF continua a trabalhar em colaboração com outras organizações nas campanhas de vacinação. A Gaza, por exemplo, a UNICEF, em cooperação com a OMS, atingiu cerca de 600.000 crianças com menos de 10 anos durante o primeiro ciclo da campanha de vacinação contra a poliomielite em meados de setembro. Segundo a UNICEF, embora a poliomielite seja uma doença difícil de combater, é possível a sua erradicação. A organização apresentou as suas propostas para tal efeito, como por exemplo dar prioridade as campanhas de vacinação as crianças, reforçar as campanhas de vacinação e proteger o pessoal humanitário e de saúde que administra as vacinas e respeitar as interrupções humanitárias essenciais necessárias para o êxito das campanhas.
Finalmente, é de salientar que ¡°a propagação da poliomielite não só coloca as crianças dos países afetados em risco imediato, como também representa uma ameaça crescente para os países vizinhos¡±, acrescentou Russell. ¡°O último esforço é o mais difícil, mas agora é a altura de agir. Não podemos descansar até que todas as crianças, em todos os cantos do mundo, estejam a salvo da poliomielite de uma vez por todas.¡±
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