Scholas Occurrentes: visão global, pés na realidade do lugar
P. Bernardo Suate – Jakarta, Pope
Sobre a presença das Scholas em África, e mais particularmente em Moçambique, José María Del Corral disse aos órgãos de informação que, à semelhança do que aconteceu na Indonésia, o próprio Papa inaugurou a primeira Schola de Serf e Pensamento em Moçambique: a inaugurou por videoconferência, a partir do Vaticano, pois num encontro realizado com vários colégios da capital do País (Maputo), nasceu a necessidade de criar espaços de encontro, espaços em que as crianças se pudessem conectar com aquilo que realmente lhes acontecia.
Daí, prosseguiu o Presidente deste movimento educativo José María, surgiu o convite de se ir ao Tofo, e quando os meninos vão ao Tofo, se dão conta que o mar e o serf que antes pensavam que fosse para os turistas, estava pelo contrário apropriado pelos próprios jovens do lugar; e que, inclusivamente, muitos eram explorados pelos próprios turistas. “Esta situação foi contada ao Papa e o Santo Padre autorizou a criar a primeira Schola de Serf no Tofo (Moçambique). Em seguida, viajou uma equipa para preparar a Equipa local, e assim começou a aventura de uma Schola de Ser e Pensamento, Schola do Serf e vida, no Tofo”, sublinhou José María.
Passados cinco anos, prosseguiu, esta Schola não apenas continua a funcionar, mas também, por pedido do Bispo do Mar del Plata, chegou em Argentina a mesma Schola de Moçambique e, de Argentina, chegou também a Portugal e agora está em Cascais. E não ficou por aí, enfatizou o Presidente Del Corral: “a Schola de Moçambique está em Salvador, pois é disto que o Papa Francisco gosta, quando estas experiências são adaptadas a cada realidade cultural e, por sua vez, multiplicadas para que outras crianças possam viver esta experiência”, sublinhou Corral ressaltando que a experiência do serf foi, para eles, uma experiência de saúde mental.
A terminar, José Marís explicou que a presença do movimento internacional Scholas Occurrentes em ambientes de particulares dificuldades sociais é muito forte também em África. Como um dia o Papa Francisco dirigindo-se ao Presidente do BID (Banco Inter-americano para o Desenvolvimento) que lhe fizera uma visita – falou-lhe do Haiti e do que está sendo feito com as Scholas no Haiti, por seis anos ininterruptamente. Exactamente no Haiti, observou Corral, quando muitos se foram embora por medo pelo que se está a passar, as crianças das Scholas permaneceram aí correndo até riscos como, de facto, aconteceu que uma criança foi morta num dos atentados.
É preciso estar na periferia, concluiu Corral citando o Papa Francisco que sempre diz, reafirmou, que “as Scholas são capazes de ter esta visão mais global, mas ao mesmo tempo, com os pés bem mergulhados na realidade de cada lugar”. Por esta razão, não mandámos a outros na Indonésia, vieram há quase dois meses as nossas próprias crianças para formar outras crianças, e ficar com elas, aqui na Indonésia, concluiu José María Del Corral.
O Papa Francisco, que inicia a sua visita à Indonésia na terça-feira, 3, encontrará os Jovens das Scholas Occurrentes na tarde de quarta-feira 4 de setembro, na Casa da Juventude, nas proximidades da Catedral de Nossa Senhora da Assunção, em Jakarta.
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