Tribunal de Bissau ordena libertação de nove ativistas
Casimiro Jorge Cajucam -Rádio Sol Mansi - Bissau
O Ministério do Interior ainda não cumpriu a ordem do Tribunal Regional de Bissau que determinava a libertação imediata de nove ativistas que estão detidos. A decisão judicial, emitida na sexta-feira, 24 de maio, estipulava a libertação dos detidos, mas até o momento não foi executada pelas autoridades competentes.
A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) criticou a postura dos responsáveis do pelouro do Ministério do Interior e solicitou ao Ministério Público que ordene a detenção imediata do Ministro do Interior e do Secretário de Estado da Ordem Pública por obstrução à justiça.
“A partir deste momento se o Armando Lona e os seus companheiros sequestrados pelo Estado da Guiné-Bissau continuam detidos significa que cada segundo que passa o Botche Candé e o José Carlos Macedo estão a cometer o crime de obstrução a justiça” - afirmou o ativista dos direitos humanos apelando à detenção dos titulares do Ministério do Interior e da Ordem Pública.
Bubacar Ture, presidente da LGDH, afirmou que a decisão do tribunal representa uma significativa vitória para a democracia e o estado de direito na Guiné-Bissau e uma derrota para a ditadura no país.
“Esse despacho do juiz significa uma derrota à ditadura, uma derrota autoritarismo e, é uma vitória a democracia, dos direitos humanos da justiça” - considerou.
Até o momento, o Ministério do Interior não se pronunciou sobre a decisao do Tribunal Regonal de Bissau.
Os ativistas foram presos durante uma manifestação pacífica, no dia 18 de maio, onde protestavam contra o regime do Presidente guineense.
Nos últimos tempos a Guiné-Bissau tem vivido sistemáticas violações dos direitos humanos, caracterizadas por raptos, espancamentos e detenções arbitrárias contra as vozes críticas ao regime instalado.
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