Guiné-Bissau. PAI-Terra Ranka acusa governo de gestão danosa dos fundos públicos
Casimiro Jorge Cajucam – Rádio Sol Mansi, Bissau
A coligação exige, por outro lado, ao Ministério Público a abertura de inquéritos sobre várias operações de pagamento feitas nos últimos meses pelo Ministério das Finanças, tais como dos 400 milhões de FCFA à empresa ADG Comercial, SARL, supostamente para subvencionar o arroz importado, de 1.200.000 mil euros à Companhia Sonnig International Private Jet Limited, destinado ao fretamento de avião para viagem do Presidente da República, entre outros.
O Governo decidiu, em reunião extraordinária do Conselho de Ministros, que o arroz “nhelén” 100% partido passa de 17.500 (26 euros) para 21.500 Francos CFA (32 euros), e o saco de 50 quilos de arroz “nhelén” 5% sobe de 22.500 (34 euros) para 24.000 Francos CFA (36 euros).
Com esta decisão, os preços do arroz, a base alimentar da população guineense, praticamente voltam aos mesmos valores anteriores a agosto de 2023, data em que o Governo da coligação PAI-Terra Ranka tinha decidido baixar para responder às dificuldades económicas da população.
O atual Governo justifica a decisão da subida com o custo para as contas do Estado com o modelo em vigor, sustentando que a situação económica interna não permite manter a subvenção à comercialização, que permitia preços mais baixos ao consumidor. A coligação PAI/ Terra Ranka rejeita esta tese reiterando que o atual regime apenas se interessa em servir-se, ignorando a pobreza e o sacrifício da maioria dos guineenses.
O porta-voz da coligação, Muniro Conté, considera de “insensata” a decisão do Executivo, o que segundo a coligação revela a falta de compromisso com o povo. A Coligação, por outro lado, responsabiliza o Presidente da República por todos os atos e todas as decisões tomadas pelo atual governo de “Iniciativa Presidencial”.
PAI-Terra Ranka convida as forças vivas da nação a se juntarem à Coligação e aos demais partidos democráticos para lutar, com meios legais e legítimos à sua disposição, contra a imposição deste “regime que considera antidemocrático” e violadora dos direitos fundamentais dos cidadãos, incluindo os direitos civis, políticos, económicos e sociais.
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