Malawi. Bispos apelam aos malawianos que se preparem para as çõ de 2025
Cidade do Vaticano
"Deus precisa da nossa cooperação para nos ajudar a sair da confusão em que nos encontramos. Uma forma de cooperar com Ele é participar ativamente nas próximas eleições. Por muito que os nossos dirigentes sejam responsáveis pelos muitos problemas que enfrentamos como País, nós, os cidadãos, os eleitores, também somos responsáveis por esses problemas ao escolhermos dirigentes que não são capazes de governar corretamente o país", afirmam os Bispos.
Na carta pastoral de 16 páginas, citada pela agência CISA África e intitulada "A triste história do Malawi", carta que foi lida nas igrejas católicas de todo o País, os Bispos acusam a administração da Aliança Tonse de múltiplos fracassos, incluindo promessas de campanha não cumpridas, nepotismo e corrupção desenfreada.
No roteiro sugerido para as eleições de 2025, os Bispos recordam ao povo que ninguém deve ser indiferente à política da sua nação, uma vez que esta diz respeito à qualidade das suas vidas, bem-estar, carreiras, liberdade e futuro.
"A política precisa de bases sólidas, de legitimidade e de um quadro ético para ser humana e útil... É importante que todos exerçam o seu direito de voto para que os eleitos sejam verdadeiramente representantes do povo", afirmam os Bispos.
Os prelados católicos malawianos apelam particularmente aos jovens para que abandonem as suas posições de conforto e exerçam o seu direito de voto, uma vez que o resultado das eleições determinará diretamente o seu futuro.
"No período que antecede as eleições, cada malawiano é chamado a ser um bom cidadão, evitando a violência e o comportamento destrutivo", afirmam os Bispos, alertando que "os meios de comunicação social, o dinheiro, o poder e a máquina do governo/partido podem ser usados pelos políticos de forma desonesta para garantir votos".
Os Bispos defendem ainda que os actuais males e desafios que o País enfrenta se devem ao facto de o povo eleger indivíduos indignos para liderar o País. No entanto, admitem que nem tudo está perdido e que não se deve acreditar que o Malawi é uma "nação condenada".
Oferecem esperança, dizendo que "Deus não abandona os seus filhos. Também nós, à medida que o tempo passa, precisamos de nos agarrar à convicção de que Deus não nos abandonou. A nossa fé no Deus misericordioso deve ajudar-nos a manter a nossa resistência nas próximas décadas, à medida que avançamos rumo à prosperidade" – com a agência CISA África.
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