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Casimiro Jorge Cajucam - Bissau, Rádio Sol Mansi 

Uma semana depois de ter dissolvido a Assembleia Nacional Popular (ANP), o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló reconduziu e deu posse esta terça-feira, 12 de dezembro de 2023, a Geraldo Martins no cargo de Primeiro-Ministro, que tem como um dos objetivos realizar eleições legislativas antecipadas.

Falando no ato da posse, Sissoco Embalo esclareceu que o Governo a ser formado é da iniciativa presidencial, e afirmou  que o Primeiro-Ministro, Geraldo João Martins, deve obediência apenas ao Chefe de Estado e a mais ninguém.

Este é o meu Governo, Guiné-Bissau não pode parar

“Este é o meu Governo e como se sabe o Parlamento já foi dissolvido. Decidi escolher o Geraldo, porque é da minha responsabilidade e vai prestar contas a mim e mais ninguém, disse. "O Geraldo foi a minha escolha pessoal enquanto quadro deste país. Não será um Governo do PAIGC, do MADEM-G15 e nem do PRS. Será o meu Governo. O Parlamento já caiu, já era", disse.

Ainda durante o seu discurso na cerimónia de posse do novo Primeiro-Ministro, o Presidente guineense disse que a Guiné-Bissau não pode parar, advertindo que “qualquer tentativa de golpe de Estado terá uma resposta adequada”.

Geraldo Martins dirigiu o Governo de inclusão da Coligação Plataforma Aliança Inclusiva-PAI Terra Ranka, que integrava o Partido da Renovação Social (PRS) e o Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG).

Prioridades do anterior Governo serão mantidas

Entretanto, no seu discurso após as formalidades da posse, Geraldo Martins disse que enquanto servidor público “nunca deixarei de o fazer e de colocar os supremos interesses da Nação guineense acima de quaisquer outros interesses, sublinhando que as principais prioridades estabelecidas no anterior Governo deverão ser mantidas”, sublinhou.

O chefe do Governo, Geraldo Martins, coloca também os setores sociais no centro de atenção.

“Estes são apenas alguns aspetos que deverão nortear a governação para a qual contamos com o apoio e a colaboração de todos e é com este espírito, senhor Presidente, que volto a assumir, com humildade, a função de Primeiro-Ministro com esperança renovada de uma vida melhor para todos os guineenses e uma Guiné-Bissau de paz, de estabilidade, de unidade e de progresso “, indicou. 

Geraldo Martins é um dos vice-presidentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Foi reconduzido no cargo através do Decreto Presidencial n.º 71/2023, na sequência da dissolução do Parlamento na semana passada, o que culminou com a queda do Governo de inclusão.