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Cidade do Vaticano

Segundo informações da agência Fides, o número dos meninos da rua no Malawi está a aumentar cada vez mais, visto que a crescente insegurança alimentar exerce forte pressão sobre as famílias e a pobreza leva as crianças a abandonar a escola e a fugir ou serem expulsas de casa.

Muitas vezes, os meninos da rua, para sobreviver, se tornam parte de bandas criminosas. Os mais jovens são encarregados de mendigar e roubar para sobreviver e serem protegidos pelos membros mais velhos da banda. Mesmo aqueles que conseguem regressar a uma família continuam a ganhar a vida graças à criminalidade da estrada.

Ao longo dos anos, se têm multiplicado os crimes atribuídos a estas bandas juvenis. Muitos malawianos vivem agora com medo pela sua segurança e pela dos seus bens. Por sua vez, os meninos sofrem abusos por parte de meninos mais velhos e dos adultos, temem acabar na prisão por vadiagem, sem falar nas meninas que correm o risco de serem abusadas sexualmente.

Entre as iniciativas para enfrentar esta tragédia está a da Comunidade de Sant'Egídio que iniciou um projeto para educar e melhorar o bem-estar dos meninos da rua em Lilongwe, a capital.

Durante a inauguração da Casa da Esperança em Chitedze, Lilongwe, a coordenadora regional da Comunidade de Sant'Egídio para o Malawi, Moçambique, Zâmbia e Tanzânia, Paula Germano, manifestou preocupação com o crescente número de meninos que vivem nas ruas da capital de Malawi, sublinhando que chegou a hora de o governo e os seus parceiros trabalharem em conjunto para resolver o problema.

鈥淥 problema dos meninos da rua é profundamente sentido no Malawi. E como Comunidade de Sant'Egídio, é nossa missão complementar os esforços do governo para resolver o problema", disse Paula Germano. "Os meninos da rua são nossos filhos e filhas, não podemos abandoná-los."

O projeto Sant'Egídio tem duração inicial de 5 anos e prevê oferecer educação a 40 meninos da rua 鈥� com a Agência Fides.