Guiné-Bissau capacita mulheres na prevenção do radicalismo violento
Casimiro Jorge Cajucam – Rádio Sol Mansi, Guiné-Bissau
Espera-se que, com esta formação, as mulheres jovens adultas sejam dotadas de conhecimentos e técnicas de detenção de sinais de radicalismo e extremismo violento.
Na abertura dos trabalhos, a Ministra da Ação Social, Família e Promoção da Mulher, Cadi Seide, apontou a fraca liderança nos vários domínios das estruturas organizacionais, como uma das razões que podem motivar as pessoas a enveredar pelo caminho do radicalismo e extremismo violento.
“A fraca liderança em vários domínios das nossas estruturas organizacionais é uma das razões que podem motivar as pessoas a enveredar por estes caminhos inglórios: paremos um pouco, tenhamos pena dos nossos povos do nosso País, dialoguemos em busca das soluções e não simplesmente aceitar sermos empurrados pelos nossos extremismos violentosâ€, explica.
O Presidente Interino da LGDH, Bubacar Turé, enfatizou o papel preponderante das mulheres guineenses no processo da democratização e do desenvolvimento do País, não obstante vários outros fatores adversos.
“Como guerreiras que são, as mulheres têm resistido e rejeitado todas as tentações que visam fraturar o tecido social guineense, através da proliferação de discursos de ódio, dando primazia à coesão social e a paz. A paz no mundo está a passar por revés significativos: os conflitos, o extremismo violento e o crime organizado estão a expandir-se de forma significativa para vários cantos do planeta. Pois, a exclusão das minorias étnicas, religiosas, políticas e fatores associados à corrupção, desigualdades crescentes, má distribuição dos recursos públicos, são as principais razões que alimentam os discursos radicais e extremistasâ€, alerta.
Durantes dois dias, os participantes vão abordar vários temas entre os quais, o género como questão transversal na luta contra o radicalismo e o extremismo violento e o papel das mulheres na prevenção, identificação e desconstrução do discurso radicais e extremistas na Guiné-Bissau. A iniciativa é financiada pela União Europeia, no âmbito do projeto “Observatório da Paz – Nô Cudji Paz.
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