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Emmerson Mnangagwa, Presidente do Zimbabwe Emmerson Mnangagwa, Presidente do Zimbabwe  (AFP or licensors)

Zimbabwe. Vitória de Mnangagwa, oposição denuncia “fraude flagrante e gigantesca”

“Uma fraude flagrante e gigantesca” – assim definiu Nelson Chamisa, líder da oposição e principal adversário do presidente cessante, Emmerson Mnangagwa, o resultado das çõ de 23 de agosto, que viram a reconfirmação de Mnangagwa para um segundo mandato.

Cidade do Vaticano

Os resultados das eleições foram divulgados no final da tarde de 26 de agosto, apenas 48 horas após o encerramento da votação, numa eleição que se prolongou até 27 de agosto, quando as autoridades eleitorais planificavam anunciar os resultados cinco dias depois do fim da votação.

A rapidez do anúncio levou a oposição a rejeitar o resultado da contagem final. “Rejeitamos qualquer resultado recolhido às pressas sem verificação adequada”, disse um porta-voz do partido de Chamisa (Coligação de Cidadãos para a Mudança-CCC).

Segundo os resultados oficiais, Mnangagwa obteve 52,6% dos votos e Chamisa, 44%.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse de estar preocupado com “as prisões de observadores, os relatos de intimidação por parte de eleitores e as ameaças de violência” que se verificaram antes, durante e depois da votação.

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, disse que o seu País "tomou nota das declarações preliminares da Missão de Observação da União Africana (UA) e da Comunidade de Desenvolvimento da África do Sul (SADC)", exortando todas as partes no Zimbabwe a trabalharem em conjunto. A missão da SADC relatou atrasos na votação, proibições de manifestações da oposição e a cobertura parcial dos meios de comunicação estatais, enquanto o chefe da missão de observação da União Europeia disse que as eleições decorreram num “clima de medo” - com a Agência Fides.

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30 agosto 2023, 08:39