Jovens - “Viagens de Integração Africana”: 8ª edição em Kigali
Dulce Araújo - Pope
No encontro participa uma quarentena de jovens de uma dezena de países (Burkina Faso, Mali, Togo, Senegal, Camarões, Quénia, Costa de Marfim, Gana, Ruanda) e também da diáspora africana em França.
A cerimónia de abertura foi presidida por Solange Tetero, Diretora do Departamento Cultura no Ministério ruandês da Cultura. No seu discurso, ela exprimiu a alegria do Ruanda por acolher esses jovens e convidou a juventude africana a ocupar o lugar a que tem direito no concerto das nações.
Para além de seminários de reflexão sobre diversos assuntos em volta do tema central, estes encontros preveem também visitas a diversas realidades do país anfitrião e no caso do Ruanda, não podia faltar uma visita ao Memorial do Genocídio ruandês, em Kigali. Os jovens recolheram-se sobre os túmulos comuns das vítimas e depuseram uma coroa de flores.
Depois dirigiram-se ao sítio da Casa Shalom Internacional, onde refugiados burundeses foram acolhidos e integrados na educação, apoiados economicamente, do ponto de vista psicossocial e integrados nas fileiras da agropecuária.
O encontro conta também com atividades de reflexão relacionadas com a filosofia africana Ubuntu que gira em torno da ideia central “Eu sou porque nós somos”, tudo para levar os jovens africanos a tomar consciência das riquezas do Continente e a trabalhar juntos em prol de uma África unida e próspera.
P. Sagadou - um apaixonado por questões de pan-africanismo
Religioso da Congregação dos Agostinianos da Assunção, o P. Jea-Paul Sagadou, natural do Burkina-Faso, vive em Abidjan, onde trabalha na filial África do “Grupo Bayard Press”. Mas é também um apaixonado por questões relacionados com o pan-africanismo, integração africana, diálogo inter-religioso e intercultural. Questões que enfrenta sobretudo com a juventude africana, pois considera que precisam de ser formados tendo em conta a diversidade religiosa e cultural.
É neste contexto que nasceram as “Viagens de Integração” para jovens de 18 a 25 anos. A ideia é ajudá-los a melhor conhecer a História da África, a sua geografia e, sobretudo, criar condições e possibilidades de encontro entre jovens do Continente Africano, porque do encontro pode nascer, em muitos, o desejo de se entender, de trabalhar juntos, de tomar consciência dos desafios do continente africano hoje, permanecendo, todavia, abertos ao mundo.
“Temos uma juventude que muitas vezes não tem a possibilidade de viajar porque as condições de vida são difíceis. Então, o nosso desejo é tonar isso possível porque isto pode dar origem a uma maior abertura não só em relação ao continente africano, como também ao resto do mundo” - disse o P. Sagadou à Rádio Vaticano.
Para conhecer melhor o historial das “viagens de Integração Africanos”, consulte:
/pt/africa/news/2023-03/viagens-de-integracao-africana-para-jovens-ruanda-2023.html
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