ܻã do Sul. Arcebispo Ameyu: “criar centros de emergência para refugiados e regressados”
Cidade do Vaticano
Num relatório da Rede Católica de Rádios (CRN), o arcebispo da Arquidiocese Católica de Juba disse que as pessoas que fogem da crise no Sudão devem receber atenção especial para se estabelecer no País, encorajando as organizações da Igreja a continuar a ajudar nas emergências humanitárias.
“Não é fácil, mas vós estais a conseguir, a situação humanitária no Sudão do Sul não atingiu o pico, mas se está a acelerar, encorajo-vos a continuar a ajudar na emergência que temos”, afirmou o arcebispo na abertura do Fórum do Conselho Provincial Eclesiástico da Conferência Episcopal do Sudão do Sul, que teve início no dia 27 de junho e terminou na sexta-feira, 30 de junho.
O ACNUR relata que aproximadamente 2.152.936 indivíduos estão deslocados internamente no Sudão como resultado do conflito que eclodiu a 15 de abril de 2023, e um total de 30.812 famílias (137.357 indivíduos) chegaram ao Sudão do Sul até 27 de junho de 2023.
À luz das realidades da guerra no Sudão, o Arcebispo Ameyu no seu discurso também alertou os líderes da Igreja a intensificar os seus esforços na construção da paz e reconciliação no País, especialmente nas regiões onde existem situações de violência.
“Precisamos estabelecer a nossa determinação de construção e procurar a paz em todo o País, estamos a passar por pequenas guerras ou escaramuças que se podem transformar em guerra civil total se as deixarmos continuar”, disse o arcebispo.
“Agradeço-vos por terdes aprovado o tema que vamos tratar nestes três dias, orientados para a promoção da paz e da reconciliação. Façamos da paz e da reconciliação as nossas prioridades”, acrescentou o prelado.
O arcebispo Ameyu também elogiou as ONGs e grupos de solidariedade que trabalham na província eclesiástica pelo seu compromisso de trabalhar no Sudão do Sul.
Segundo o ACNUR, mais de 16 mil refugiados e requerentes de asilo cruzaram para a Etiópia e um total de 159.060 refugiados sudaneses (contados) chegaram ao Chade em busca de segurança e proteção e agora estão se preparando para a possível chegada de até 245 mil refugiados até o final do ano.
Na República Centro-Africana (RCA), cerca de 15.335 pessoas chegaram ao País vindas do Sudão, incluindo mais de 10.634 refugiados sudaneses e 4.701 centro-africanos regressados – com a agência CISA.
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