Aimé Césaire – A Negritude como Humanismo
Dulce Araújo - Pope
Como todas as semanas, o programa da Rádio Vaticano "África em Clave Cultural: personagens e eventos" chama a atenção para uma figura de relevo no cenário cultural da África e da sua diáspora. Desta vez, foi Aimé Césaire, falecido em 2008, mas cujo pensamento e obra continua a ser de grande importância não só para o seu país, a Martinica, em que deixou marcas profundas e onde foi recordado nos 110 anos do seu nascimento (26 de junho de 2023) como também para o mundo inteiro.
O diplomata, poeta e músico caboverdiano, António Pedro Monteiro Lima que, quando jovem, ficou muito marcado pela descoberta do poeta Aimé Césaire, sobre cuja obra poética "Diário do Regresso à Terra-Natal" fez um trabalho de fim de curso universitário, considera que tal como aconteceu com ele, este autor pode dizer muito aos jovens de hoje e levá-los a outros patamares de conhecimento e reflexão sobre a África e a sua diáspora no concerto mundial.
António Pedro Lima traça também algumas considerações sobre aquilo que ele define, de certo modo, como "o mistério" de Aimé Cesaire que, se por um lado trabalhou a favor do pleno reconhecimento dos valores e identidade da África e dos seus povos pelo mundo fora, por outro, via tudo isso num quadro universal que não comportava necessariamente rutura com a França. Um pouco como foi o caso dos “Claridosos”, em Cabo Verde. Césaire não era, a seu ver, um homem de "ação", de "revolução" neste sentido.
Já Filinto Elísio, também ele poeta, ensaísta e co-fundador da Rosa de Porcelana Editora oferece, na sua habitual crónica, o retrato deste autor literário e homem político que fundou um partido para o seu país e foi Presidente da Câmara Municipal de Basse-Pointe, capital da Martinica, por nada menos de 56 anos.
A emissão permite saber um bocado mais sobre ele.
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