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áٲ de Bafatá - formação técnica e cristã dos volontários

A áٲ da Diocese de Bafatá esteve representada nas recentes assembleias da áٲ-Áڰ e da áٲ Internationalis pelo seu Diretor, P. Paulo Pina Araújo. Em entrevista à Rádio Vaticano ele considerou essa experiência muito positiva e pôs em realce as problemáticas dessa áٲ Diocesana.

Dulce Araújo - Pope

Uma experiência útil a nível profissional no sentido da partilha de problemas e da procura de soluções. Foi assim que o Presidente da Cáritas Diocesana de Bafatá viveu a participação nas recentes assembleias das Cáritas: uma partilha de situações de cada país, alguns dos quais marcados por enormes dificuldades, como guerras, seca, terrorismo, escassez de alimentos, etc. Problemas que a família alargada da Cáritas internationalis procura enfrentar com espírito de fraternidade e solidariedade.

Falando especificamente da Caritas Diocesana de Bafatá, P. Paulo Araújo frisou que trabalham num contesto realmente difícil, pois, embora a Guiné-Bissau disponha de muitos recursos naturais, infelizmente, esses recursos não são bem aproveitados para o bem das comunidades. Mesmo assim, atuam em quatro diversas áreas: saúde, educação, micro-finanças e segurança alimentar, tudo em harmonia com o plano estratégico da Cáritas-África, ou seja, criar comunidades resilientes, capazes de enfrentar as situações de dificuldade e tornar-se autónomas.

Uma das áreas de sucesso das ações da Cáritas de Bafatá é a da micro-finanças em que formam as pessoas a tomar consciência dos recursos que têm e a pô-las ao serviço do desenvolvimento comunitário.  Uma área em que vão atuar também com a Cáritas de Bissau. Aliás, juntamente com o P. Paulo participou também nas Assembleias, a Secretária Geral da Cáritas Nacional da Guiné-Bissau, Ana Paula Sanches Miranda.

De salientar que a formação dada na Cáritas de Bafatá não se limita a aspetos técnicos, mas abrangem também a missão cristã da Cáritas, algo que não só os cristãos, mas também os numerosos voluntários muçulmanos no organismo aceitam de bom grado.

Na entrevista à Rádio Vaticano, o P. Paulo Araújo aborda também as dificuldades inerentes ao funcionamento da Cáritas de Bafatá, nomeadamente a falta de técnicos para a gestão de projetos e de recursos. 

Na conversa foi ainda levantada a questão de uma maior autonomia das Cáritas africanas, assunto com a qual o P. Paulo concorda. Ele considera que a África deve começar a pensar em como transformar os recursos naturais em riqueza para poder sair da dependência externa. 

Oiça

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24 maio 2023, 16:44