Nancy Vieira - Uma voz referência no universo da lusofonia
Dulce Araújo - Pope
Convidada da emissão "África em Clave Feminina: música e arte", Nancy Vieira, com a simpatia e amabilidade que a caracterizam, fala da sua pertença ao mundo lusófono, mas com pés fincados no crioulo e na música tradicional cabo-verdiana, a área de que gosta mais e onde se sente “mais confortável”.
Com raras composições próprias, Nancy cultiva a fundo o dom de interprete e tem boas relações com compositores como Mário Lúcio que admira muito e com o qual teve recentemente alguma colaboração.
E ela é, por sua vez, admirada por fãs como a pintora, Edith Borges, que aprecia muito a sua capacidade de tocar a alma do ouvinte, a frescura dos seus trabalhos, a suavidade da sua voz, entre outras qualidades. Suavidade que condiz - refere a cantora – com o seu caracter risonho, alegre e com aquela pitada de melancolia típica da morna. Algo, talvez, não estranho, ao facto de ela não desdenhar performances intimistas.
Com diversos trabalhos a solo e colaborações com vários artistas e situações, Nancy Vieira, que não se considera uma cantora muito prolífica em termos de publicação de álbuns, anuncia, contudo, que tem um novo trabalho em preparação. Agradece os fãs pela paciência e diz estar ansiosa por revelar as várias histórias à volta deste novo disco. Mas quer tomar o tempo necessário, porque tem muito a peito os seus fãs e dá a entender que lhes quer ofertar com um trabalho de qualidade. Aliás, tem sido sempre assim, como se pode constatar pelo seu percurso relatado na crónica de Filinto Elísio, poeta, ensaísta e cofundador, juntamente com a professora Márcia Souto, da Casa Editora, “Rosa de Porcelana”.
Não perca então a oportunidade de ouvir aqui a emissão acompanhada de músicas sugeridas e comentadas por Edith Borges.
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