Buchi Emecheta: arte e ativismo como pedagogia de emancipação
Dulce Araújo - Pope
Buchi Emecheta teve uma vida difícil, mas soube enfrentá-la com coragem e resiliência, dando passos que poucos ousariam no tempo dela. Soube também pôr por escrito, de forma envolvente e significativa, essa vivência. O seu olhar criativo e sociológico abrangia tanto a sociedade do seu país de origem, a Nigéria, como da Inglaterra, onde viveu muitos anos e veio a falecer em 2017.
Foi pioneira ao tratar temas como a condição da mulher, a pobreza, a assistência social, o racismo, maternidade e outros que atravessam ainda hoje a arte literária feminina africana.
Na solidão, trilhou caminhos de emancipação feminina que as sucessoras continuam a percorrer, mas hoje num clima de maior solidariedade - afirma a Professora de Literaturas Comparadas Pós-Coloniais, Inocência Mata que tem Buchi Emecheta no seu programa de lecionação na Universidade de Lisboa.
Uma análise - a da Professora Inocência Mata - que traz ao de cima diversos outros aspetos da escrita e vicissitudes da Buchi Emecheta, como de resto também a crónica do poeta, ensaísta e editor, Filinto Elísio que completa o quadro, que se oferece, desta grande escritora, mãe, lutadora. Ela foi também Professora convidada em Universidades da Nigéria e dos Estados Unidos.
A emissão que aqui fica pode ajudar a compreender ulteriormente o seu percurso e teor do seu legado literário e de mulher africana progressista.
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