IMBISA - Mais um workshop sobre a salvaguarda...
Dulce Araújo - Vaticannews e Sheila Pires - Joanesburgo
No âmbito da série de seminários que tem vindo a realizar sobre a “Salvaguarda de Menores e Pessoas Vulneráveis”, a IMBISA, organismo de Bispos católicos da África Austral, virou desta vez o olhar para as líderes de Associações de Mulheres Católicas. Foi de 6 a 9 deste mês, no Centro de Retiros, Padre Pio, em Pretória, na África do Sul.
Uma reflexão à luz da “Mulieris Dignitatem”
Participaram representantes das Associações de Mulheres dos nove países membros da IMBISA: Angola, África do Sul, Botswana, Eswatini, Lesoto, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Zimbabwe. Ao longo do encontro fizeram uma reflexão crítica sobre a “Salvaguarda de Menores e Pessoas Vulneráveis”, tendo como ponto de referência a Carta Pastoral do Papa São João Paulo II, “Mulieris Dignitatem”, a Dignidade da Mulher (1988). Isto permitiu-lhes perceber a interconexão de tudo e a urgência de ações tendentes a “restaurar a harmonia na vida dos seres humanos e com a natureza” – escrevem as participantes numa declaração final.
Divulgar a “Mulieris Dignitatem”
Elas recomendam que cada Conferência Episcopal divulgue a “Mulieris Dignitatem” a fim de favorecer a reflexão sobre o papel e o valor da mulher na Igreja, na família e na sociedade em geral. Reconhecem a importância da salvaguarda das pessoas vulneráveis e em risco de abusos e a necessidade de focalizar a atenção nos sinais e indicadores em pessoas abusadas por forma a prevenir traumas espirituais e dar atendimento pastoral às vítimas e sobreviventes de abusos.
Consideram ainda que “a proteção de crianças e adultos vulneráveis é uma responsabilidade coletiva de todos os membros da Igreja” e que essas pessoas devem poder sentir-se seguros em lugares de culto.
Realizar campanhas de sensibilização
Por fim, as representantes das Associações de mulheres católicas da região da IMBISA comprometem-se em realizar, com o apoio dos Bispos, campanhas de conscientização e informação sobre a temática da salvaguarda. Desejam também poder acompanhar e partilhar eventuais cartas apostólicas que vão saindo, pois – sublinham na declaração final – é triste que estejam a reagir à “Mulieris Dignitatem” 34 anos depois da sua publicação, quando “isso deveria ter ajudado a capacitar as mulheres e incentivá-las a ser partícipes ativas na missão de Cristo. Comprometemo-nos a ter um papel ativo na missão da Igreja.” – concluem.
Sheila Pires, jornalista da Rádio Veritas com sede em Joanesburgo entrevistou algumas das participantes:
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