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Dom Victor Phalana, Presidente da Comissão de Justiça e Paz, na Conferência Episcopal da África do Sul Dom Victor Phalana, Presidente da Comissão de Justiça e Paz, na Conferência Episcopal da África do Sul 

África do Sul. Eleições. Arcebispo Phalana: encorajar as pessoas a votar

No próximo dia 1 de novembro o povo sul-africano será chamado às urnas para as eleições municipais. Já por ocasião das eleições anteriores, em 2019, informa o site da Conferência Episcopal da África do Sul, os Bispos haviam feito um apelo a cada cidadão, recordando a “grave responsabilidade de criar um ambiente de tolerância e aceitação que permita a cada sul-africano de apoiar e votar no partido que escolher, sem medo de DZêԳ e intimidações”.

Cidade do Vaticano

Por ocasião da rodada eleitoral, e para avaliar a prontidão da Comissão Eleitoral Independente, o Departamento de Justiça e Paz dos Bispos da África do Sul convidou o Chefe Eleitoral Sy Mamabolo, que também é diácono permanente na Arquidiocese Católica de Joanesburgo, para um encontro que também tocou o tema do papel da Igreja como observadora na actual situação pandémica.

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No seu discurso de abertura, Dom Victor Phalana, presidente da Comissão de Justiça e Paz, observou que a Comissão Eleitoral está sob um estrito controle e acrescentou que, enquanto os sul-africanos procuram reconhecê-la e respeitá-la, o dever da Comissão é corrigir os seus próprios erros o mais rápido possível e restaurar a confiança na nação.

O prelado afirmou que, como Justiça e Paz, vão encorajar as pessoas a votar, mas que poderiam não ter respostas às perguntas das pessoas sobre algumas situações relacionadas com as eleições: daí a importância de a Comissão Eleitoral esclarecer as questões pendentes.

Antes de enfrentar as questões e as preocupações, Mamabolo começou por fazer uma apresentação do contexto actual em que as eleições vão se realizar, mostrando as principais estatísticas do eleitorado, dos candidatos e a preparação logística da Comissão. São mais de 26 milhões as pessoas que se registaram para votar, e as mulheres contam com uma porcentagem maior. Outro detalhe importante destacado por Mamabolo é que nestas próximas eleições, no interesse de proteger as informações privadas, os números de identidade dos eleitores serão cancelados.

A espinhosa questão de um suposto tratamento injusto e do favorecimento de outros partidos por parte da Comissão foi abordada por Mamabolo, dizendo que esta não pode fazer acordos arbitrários e ad hoc para qualquer partido político num ambiente onde todos devem ser tratados do mesmo modo.

Foi também levantada a questão sobre a ocorrência de possíveis episódios de violência: a este propósito, Mamabolo disse ter informações sobre as áreas mais quentes. “A Igreja no seu papel profético deve convidar à calma”, disse ele, dirigindo um apelo à Igreja para que ajude a esclarecer que algumas destas questões estão fora da esfera de competência da comissão eleitoral.

Por fim, Dom Phalana apelou aos partidos políticos para que parem de explorar as massas, fazendo promessas sempre que há eleições para nunca mais voltarem a cumprir tais promessas. Neste sentido, sugeriu que talvez tenha chegado o momento de adoptar critérios rigorosos para a admissão dos candidatos às eleições.

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08 outubro 2021, 16:49