Burkina Faso. Consternação e proximidade dos Bispos após novo ataque jihadista
Cidade do Vaticano
Numa declaração divulgada na segunda-feira, 23, e assinada pelo presidente de CEBN, Dom Laurent Dabiré, os Bispos condenam firmemente o "bárbaro ataque", manifestando solidariedade e proximidade para com as famílias das vítimas e desejando uma rápida recuperação dos feridos.
Os Bispos do Burkina Faso e Níger convidam, em seguida, "todos os filhos e filhas da Igreja-Família de Deus no Burkina Faso a intensificar a sua oração pela paz no País". “Maria, Rainha da Paz, nos acompanhe no caminho para a verdadeira paz, dom de Deus e fruto dos esforços humanos”, conclui a declaração.
O ataque ocorreu na localidade de Gorgadji, na província de Séno, na fronteira com o Mali e o Níger, várias vezes atingida nos últimos anos por grupos jihadistas ligados à Al-Qaeda ou ao Estado Islâmico. O ataque de 18 de agosto é o terceiro em duas semanas contra soldados empenhados na luta contra estes grupos.
Considerado até recentemente um dos Países mais estáveis da África Ocidental, a partir de 2015 Burkina Faso tem visto um aumento dramático na espiral de violência perpetrada por vários grupos rebeldes em toda a região do Sahel. Entre os ataques mais sangrentos está o ataque ocorrido no passado dia 4 de junho na aldeia de Solhan, na fronteira com o Níger, que deixou no terreno 160 vítimas, entre as quais muitas crianças. Um massacre que os Bispos haviam definido como uma verdadeira "noite dos horrores".
Numa declaração, os prelados haviam reiterado a sua forte preocupação com a insegurança em que vivem todas as populações do Sahel devido ao terrorismo, interrogando-se também sobre o interesse para o País da presença de tantas forças estrangeiras no território. O medo agora é que, depois da vitória dos Taleban no Afeganistão, possa haver um novo ressurgimento dos ataques.
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