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Cidade do Vaticano

A partilha de recursos e boas práticas, portanto, estará no centro do novo instrumento web, denominado “Cáritas Lusófonas em rede”, para que - explicou José Quintas, director da Caritas Angola - os programas de ajuda “não fiquem fechados nas gavetas, mas sejam acessíveis a todas as instituições". E não só: a plataforma permitirá também de “avaliar e expor as necessidades que os organismos caritativos têm nos Países lusófonos, bem como as possíveis respostas”, geradas por “projectos inovadores” que não se conhecem, porque “não são partilhados em nenhuma parte”. E é justamente esta “riqueza de recursos” que deve ser melhor conhecida.

Por sua vez, a presidente da Caritas Portugal, Rita Valadas, afirmou: “A plataforma será muito simples, visto que vários organismos têm dificuldades de acesso à rede Internet. O objectivo é, contudo, de ajudar, através da partilha de conhecimentos e recursos, todos os Países da área lusófona”. Na mesma linha também se exprimiu João Ribeiro de Almeida, presidente do “Camões - Instituto para a Cooperação e a Linguagem”, entidade que financiou o projecto: “A plataforma - explicou - vai fortalecer a já poderosa rede das Cáritas Lusófonas, em particular permitindo uma melhor organização e evitando sobreposições ".

“Uma sociedade civil robusta e com capacidade efectiva de resposta é um requisito fundamental na construção e no desenvolvimento das democracias e da convivência - acrescentou Ribeiro de Almeida - e contribui na sensibilização da população sobre questões como a pobreza, a miséria, a igualdade de género, a emancipação das mulheres, o acesso à educação e à saúde”.

Refira-se que o lançamento da nova plataforma se deve entender como o acto conclusivo do projecto "Cáritas Lusófonas em rede: inovar para o impacto", que visa desenvolver, com base nas normas de gestão desenvolvidas pela Caritas Internationalis, um fortalecimento das capacidades institucionais dos organismos caritativos, em particular da sua eficiência, eficácia e qualidade de gestão. O programa permitiu a cada membro de preparar um plano estratégico de cinco anos e de transformá-lo em seguida num plano operacional a ser desenvolvido no terreno com a ajuda de cada uma das dioceses de referência.