Qu¨¦nia. Plen¨¢ria dos Bispos lan?a apelo por um Pa¨ªs pac¨ªfico, seguro e pr¨®spero
Cidade do Vaticano
Entre os desafios indicados pelos Bispos durante a Assembleia Plenária e que devem ser enfrentados com urgência para o bem da nação, estão a pandemia da Covid-19, as eleições gerais de 2022, a insegurança, as mudanças climáticas e a emergência alimentar. Em relação ao primeiro ponto, os Bispos exprimem o seu pesar e dor pelo facto de o governo ter estabelecido, como medida anticontágio, o encerramento das igrejas, mas não de outros lugares públicos, como os mercados.
Ao mesmo tempo, os prelados invocam ¡°a via do diálogo para enfrentar os problemas¡± e pedem aos fiéis que continuem a observar os protocolos de saúde previstos, pois ¡°é necessário considerar o valor da vida e sacrificar qualquer ocasião que se possa tornar fonte de difusão ou contração do vírus¡±. Portanto, convidam o governo a¡° garantir a vacinação da população¡± e da ¡°forma mais transparente e responsável possível¡±, pois ¡°o que está em jogo é a vida de muitos cidadãos¡±.
Em relação às eleições do próximo ano, a Conferência Episcopal do Quénia reitera que devem ser realizadas "conforme previsto pela Constituição" e que não seja tida em consideração "nenhuma tentativa de adiá-las para uma data posterior", de modo a garantir "um processo democrático e inclusivo, baseado na lei e no diálogo¡± em todo o País. A Conferência Episcopal diz também de estar preocupada com as graves condições de insegurança que se vivem no território, sobretudo no município de Baringo, onde se encontra a diocese católica de Nakuru. ¡°O estado de anarquia na região deve ser interrompido¡±, afirmam os Bispos, acrescentando que o governo ¡°tem a obrigação de fornecer segurança a todos os seus cidadãos¡± e que ¡°todos os quenianos têm a tarefa de promover e manter a paz e evitar todos os actos de ódio, discriminação e violência¡±.
Em geral, de facto, regista-se no País "uma crescente violência também na família", entre amigos, nas escolas: os prelados denunciam "execuções extrajudiciais, sequestros, cadáveres abandonados nas florestas e rios", actos "repugnantes" que "correm o risco de perpetuar uma cultura de intolerância e de morte". Daí o apelo da KCCB a ¡°cultivar uma cultura do diálogo e a recuperar os modos tradicionais para a resolução de conflitos ou, na falta de tais mecanismos, a recorrer às leis para sanar as controvérsias¡±. E quanto às mudanças climáticas e a emergência alimentar que delas resulta, os Bispos pedem ao Executivo que enfrente a questão da seca "fornecendo assistência de curto e longo prazo às populações afectadas para reduzir o seu sofrimento e prevenir uma crise humanitária".
¡°Devemos abraçar uma cultura de acção antecipada para enfrentar esta crise¡±, reitera a KCCB que, por fim, encoraja a população para que ¡°não perca a esperança¡± e trabalhe unida, ¡°com responsabilidade individual e colectiva¡±, por um Quénia ¡°pacífico, seguro e próspero".
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