Guiné-Bissau. Presidente Marcelo Rebelo de Sousa termina visita de 24 horas ao País
Casimiro Jorge Cajucam – Rádio Sol Mansi, Guiné-Bissau
As convicções do Chefe de Estado guineense foram anunciadas em conferência de imprensa conjunta, no Palácio da República, com o seu homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, que actualmente é presidente em exercício da União Europeia.
Durante a sua intervenção, Umaro Sissoco Embalo fez um convite às empresas e investidores portugueses para que explorem as oportunidades de investimento na Guiné-Bissau em sectores "prioritários" como o turismo, a energia, a agricultura e as pescas.
"A Guiné-Bissau, de igual modo, através da sua diplomacia activa, será a porta de entrada de Portugal aos mercados da UEMOA [União Económica e Monetária da África Ocidental] e da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) ", disse Umaro Sissoco Embaló.
Embalo, visto na Guiné-Bissau como menos simpático para com os jornalistas, exortou os atores políticos, sociais, económicas, culturais e em particular à comunicação social dos dois Países a fazerem parte desta parceria estratégica.
Por seu turno, o presidente Português, Marcelo Rebelo de Sousa, garante trabalhar com a Guiné-Bissau no domínio da saúde, educação, na reforma administrativa, na pesca e no aperfeiçoamento do Estado de direito democrático.
“Vamos trabalhar ainda mais na educação, com a criação de uma escola portuguesa cá em Bissau. Vamos trabalhar ainda mais na formação, na reforma administrativa, no aperfeiçoamento do Estado de Direto e Democrático. Vamos trabalhar nas infraestruturas, nas águas ou nas energias renováveis e no turismo", finalizou Marcelo Rebelo de Sousa.
Marcelo Rebelo de Sousa promete ainda cooperar no domínio da educação, infraestruturas e nas energias renováveis…
O presidente português foi recebido em som de festa pela multidão, mobilizada em todo território do País. Apesar da receção apoteosa ao presidente português, o PAIGC considera inoportuna esta visita.
Marcelo Rebelo de Sousa que se reuniu no último dia da sua visita com os deputados da nação, reunião a qual a bancada parlamentar do PAIGC se recusou a participar como forma de protesto.
O grupo parlamentar do PAIGC acusou o Presidente da República de Portugal de “branquear” a realidade política vigente e alimentar o ego de gente que pretende implantar a ditadura no país.
Ao povo português, o PAIGC apela que compreenda a sua posição e não se deixe ludibriar por aquela que considera ação de “propaganda absolutamente desnecessária e prejudicial” as relações de amizade e de cooperação entre os dois países e povos irmãos.
Na mesma nota de protesto, o grupo afirma que o País está a ser gerido por um “governo ilegal” que mergulhou a Guiné-Bissau numa onda interminável de greves na função pública, afetando os setores da educação e da saúde, e degradando profundamente a situação social da população, “tudo isto coroado de uma vaga de corrupção generalizada ao mais alto nível”.
Entretanto, a posição do grupo parlamentar do PAIGC, partido vencedor das eleições legislativas de 2019, mas relegado para a oposição, foi reiterada pelo líder do partido, Domingos Simões Perreia, que se avistou com Marcelo Rebelo de Sousa, na Embaixada de Portugal em Bissau, hora antes do fim da visita do Chefe de Estado português.
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