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Cidade do Vaticano

Até agora são 36 os mortos em Timor-Leste, aos quais se devem somar cerca de trinta desaparecidos e milhares de deslocados internos. Muitos destes encontraram refúgio nas estruturas da Igreja. Cerca de dois mil são actualmente acolhidos num centro gerido pelos Salesianos em Comoro, nos arredores de Díli, e outros 7 mil são atendidos na paróquia da Imaculada Conceição, da capital. A Conferência Episcopal Timorense mobilizou todos os sacerdotes e religiosas para atenderem às necessidades mais imediatas. “Precisamos urgentemente de comida e roupa”, disse à Agência UCANews o Padre Angelo Salshina, responsável da força pastoral especial para a Covid-19 na arquidiocese de Dili.

Num encontro com a Protecção Civil no último domingo, 4, o Primeiro Ministro Taun Matan Ruak agradeceu a todas as organizações envolvidas nos esforços de socorro, incluindo as organizações religiosas. O governo ordenou um relaxamento das restrições anti-Covid-19 para facilitar as operações de socorro e o transporte de materiais para a reconstrução das casas. Para além da emergência das cheias, nestas últimas semanas Timor-Leste deve de facto lidar com um aumento de casos de Coronavírus – depois de um longo período de zero infecções - que levaram as autoridades a reintroduzir o bloqueio de 3 de abril a 2 de maio nas três principais cidades do País: Díli, Baucau e Viqueque.

A Igreja timorense está mobilizada também nesta frente desde o início da pandemia, através da sua força de trabalho especial que presta apoio material e psicológico aos mais vulneráveis ??e está activamente empenhada na informação e sensibilização da população.

Recorde-se que o jovem Estado asiático de Timor-Leste (independente da Indonésia desde 1999) tem uma população de cerca de 1,3 milhões de habitantes, 95% dos quais católicos.