Benin. Rumo ¨¤s elei??es presidenciais. L¨ªderes religiosos rezam pela paz
Cuidade do Vaticano
Participaram na celebração líderes religiosos, representantes políticos e fiéis. ¡°Estamos reunidos para rezar e invocar a paz de Deus - disse Dom Houngbédji na sua homilia - porque a verdadeira paz é aquela que vem do Senhor, e não do mundo e, como crentes, somos chamados a aceitá-la como um dom divino¡±. Ao mesmo tempo, o Arcebispo exortou os presentes a ¡°responder ao chamamento do Senhor que nos pede para sermos construtores de paz¡±, o que significa ¡°abrir o coração à Sua Palavra, ter realmente confiança nele e renunciar aos interesses pessoais para o bem do próximo¡±.
A Missa do Arcebispo de Cotonou foi precedida por outros momentos e encontros de oração: no dia 24 de março, na Catedral de ¡®Nossa Senhora da Misericórdia¡¯, os representantes das várias confissões religiosas do País, juntamente com alguns políticos, prestaram homenagem ao túmulo de Dom Isidore de Souza, Arcebispo da cidade de 1990 a 1999 e um dos principais actores da vinda da democracia no País. ¡°Que a semente plantada pelo saudoso prelado - disse o Padre Nathanaël Soédé, Capelão nacional dos dirigentes e personalidades políticas do Benin - dê frutos para reconstruir o País¡±, para que ¡°cidadãos, líderes religiosos e políticos tenham a peito ser protagonistas do diálogo, da reconciliação, do perdão recíproco e da paz¡±.
E não só: no dia 19 de março, representantes católicos, muçulmanos e de religiões tradicionais locais rezaram juntos, pela mesma intenção, na mesquita Cadjehoun em Cotonou, enquanto que no dia 10 de março em Porto-Novo, capital do Benin, o pastor Kponjesu Amos Hounsa, presidente da Igreja Protestante Metodista Nacional, presidiu a uma função com o mesmo auspício.
Recorde-se que as próximas eleições presidenciais vão decorrer num contexto particular: segundo as alterações de 2019 à lei eleitoral, de facto, cada candidato à presidência nacional deve ter o patrocínio de 10% dos autarcas ou deputados. No entanto, actualmente o parlamento do Benin é composto exclusivamente por deputados do movimento presidencial, o que põe em risco o pluralismo dos candidatos à cadeira de Chefe de Estado. Entre eles, está também o actual presidente, Patrice Talon, que disputa um segundo mandato depois da vitória de 2016. O balanço dos seus cinco anos à frente do País é positivo, naturalmente, para seus apoiadores que destacam os progressos alcançados pelo País, que passou das nações de baixa renda para as nações de renda média. Mas a pobreza cresce cada vez mais, e os partidos da oposição acusam Talon de ter renegado a sua promessa de não se candidatar novamente e a magistratura realizou diversas investigações por alguns casos de corrupção.
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