RD Congo. Bispos pedem reformas que respeitem os valores fundamentais
Cidade do Vaticano
O Chefe de Estado Felix Tshisekedi lançou uma série de consultas para resolver as divergências com a coalizão ¡°Frente Comum para o Congo¡± (FCC), da qual o ex-presidente Joseph Kabila é membro, e que tem uma clara maioria de assentos no parlamento, e para decidir sobre as reformas a empreender, em particular as eleitorais. Recentemente, o Presidente Tshisekedi também se encontrou com uma delegação de bispos que lhe entregaram um memorando que destaca a importância de avaliar a coalizão e as reformas eleitorais.
A propósito da actual conjuntura política, os prelados consideram que ¡°com a actual dinâmica da coalizão, não se poderá esperar a reconstrução do País¡± e que ¡°é necessária uma solução política que respeite o povo¡±. ¡°Por isso o exortamos que avalie seriamente o conteúdo da coalizão e seu funcionamento para verificar se existe a possibilidade de uma renovação interna¡±, escrevem os bispos ao presidente, evidenciando que é necessário, contudo, levar em conta os valores irrenunciáveis. ¡°O bem-estar do povo, a verdade, a justiça e a paz estão entre estes valores fundamentais¡±, especifica a Conferência Episcopal.
E no concernente as reformas eleitorais, os prelados insistem na despolitização e independência do Ceni, a Comissão eleitoral nacional independente, e recomendam reformas partilhadas e realistas da lei eleitoral. ¡°O povo espera destas consultas resultados que dêem indicações claras para um novo sistema de governação que o coloque no centro das preocupações dos actores políticos¡±, acrescentam os bispos.
Por fim, os prelados reconhecem que os desafios que devem ser enfrentados neste momento são enormes e exortam o Chefe de Estado a ter fé em Deus e a considerar que homens e mulheres de boa vontade podem contribuir para uma nova dinâmica de boa governação. «A CENCO (Conferência Episcopal Nacional do Congo) não hesitará em dar o seu contributo a qualquer iniciativa que tenha como objectivo o bem-estar do povo congolês», concluem os bispos que asseguram a sua oração ao Presidente Tshisekedi.
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