Angola - Presidente da Rep¨²blica reafirma combate ¨¤ corrup??o
Anastácio Sasembele - Luanda
Este mês de Setembro o presidente angolano João Lourenço faz três anos desde que assumiu o mais alto cargo da nação, num mandato constitucional de cinco anos. O combate a corrupção é uma das suas principais ¡°bandeiras¡± de governação e nesta terça ¨C feira (08/09) afirmou que a luta contra a corrupção, em curso no país, está a ser levada a cabo com determinação, sentido de justiça e imparcialidade necessária.
Criticado e apoiado por alguns ¡°círculos¡± dentro e fora do seu partido (MPLA), João Lourenço ao discursar na abertura da reunião extraordinária do Conselho da República, afirmou não haver perseguidos e protegidos nesse combate, que é um dos principais pilares do seu mandato.
Assegurou que as autoridades não recuarão no combate à corrupção e à impunidade, na responsabilização de presumíveis criminosos e na recuperação dos activos ilicitamente adquiridos em Angola e que lesaram o Estado angolano, não importando onde eles estejam, em Angola ou no estrangeiro.
Estas declarações acontecem numa altura em que o empresário angolano Carlos São Vicente, marido de Irene Neto, filha do primeiro presidente de Angola, Agostinho Neto, esta a ser acusado pela justiça angolana de cometimento de vários crimes, nomeadamente crimes de peculato, participação económica em negócio, tráfico de influência e branqueamento de capitais
Carlos São Vicente foi notícia na semana finda por suspeitas de lavagem de dinheiro na Suíça, divulgadas num blogue que acompanha questões judiciais naquele país.
O blogue judicial suíço Gotham City, que cita o despacho do Ministério Público da Suíça, Carlos Manuel de São Vicente, viu congeladas sete das suas contas, tendo sido libertados os fundos de seis e mantendo-se congelada a conta que tem cerca de 900 milhões de dólares, o equivalente a mais de 752 milhões de euros.
Chamado a comentar o Filosofo e Docente Universitário, Albino Pakissi disse que o tratamento dos referidos processos em tribunais, deve ser célere e devidamente acompanhado.
E numa nota, a família de António Agostinho Neto considerou ¡°abusivo, calunioso e inamistoso, o uso do nome de António Agostinho Neto a propósito do combate à corrupção que o país leva a cabo¡±.
A família e a Fundação Dr. António Agostinho Neto lembram que o primeiro Presidente de Angola faleceu em Setembro de 1979, seis anos antes do casamento da filha, Irene Neto, em 1985, com Carlos Manuel de São Vicente, considerando por isso, ¡°um absurdo associar o seu nome a processos judiciais em investigação.
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