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Igreja Angolana debate em mesa redonda sobre situação social do País Igreja Angolana debate em mesa redonda sobre situação social do País 

Angola. Igreja debate questões sociais do País num contexto de crises e incertezas

“O olhar da Igreja sobre as questões sociais num contexto de crises e incertezas” juntou em mesa redonda, no sábado (22/08), consagrados e leigos católicos, numa iniciativa da Comissão de Justiça, Paz e Migrações da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST).

Anastácio Sasembele – Luanda, Angola

A pandemia do novo Coronavirus, a fome, a corrupção, a crise moral e humanitária generalizada foram dos conceitos mais aflorados na mesa redonda realizada nas instalações da Emissora Católica de Angola, em Luanda.

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O debate em torno do “olhar da Igreja sobre as questões sociais num contexto de crises e incertezas” começou por abordar a problemática do impacto da Covid-19 em Angola.

A tabela evolutiva da pandemia no País regista 2.171 casos positivos, com 818 recuperados, 96 óbitos e 1.257 activos. A leiga Margareth Nanga, docente na Universidade Católica de Angola, disse não estar satisfeita com a resposta que está a ser dada pelas autoridades. A docente fundamentou a sua posição afirmando que não houve uma certa moralidade na gestão dos bens e serviços destinados a acudir a situação da pandemia.

O olhar da Igreja nesta mesa redonda estendeu-se igualmente para o combate à corrupção, nepotismo e a bajulação, uma “cruzada” levada a cabo pelo actual Executivo liderado pelo Presidente da República João Lourenço, no poder há três anos.

O Padre Celestino Epalanga, Secretário da Comissão de Justiça e Paz da CEAST, disse que a origem da corrupção é o egoísmo, o sacerdote lamentou o facto de muitos cristãos estarem igualmente envolvidos nesta acção que belisca a paz social.

“A Covid-19 veio destapar males com os quais nos acomodamos ao longo do tempo e que agora com o ataque de um vírus, nos damos conta que construímos sob bases pouco sólidas, os pilares da nossa vida nacional”, disse por seu turno o Director Nacional da Caritas de Angola, Eusébio Amarante, que apelou, por outro lado a uma maior caridade entre os angolanos. 

“Numa Angola que se quer desenvolvida é preciso que haja inclusão de diferentes opiniões de actores sociais para a busca de soluções dos mais variados problemas que o País enfrenta, afirmou o irmão Miranda André, director geral do Hospital da Divina Proveniência, presente igualmente na mesa redonda.

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25 agosto 2020, 09:22