Caridade, oração e jejum marcaram o início da Quaresma em Angola
Anastácio Sasembele - Luanda
“Quaresma, tempo favorável de graça, dia de salvação. Penitência e arrependimento não são caminho de tristeza, de depressão, mas caminho de luz e de alegria, porque, se nos levam a reconhecer a nossa verdade de pecadores, também nos abrem ao amor e à misericórdia de Deus”, estes apelos foram lançados nas diferentes celebrações da quarta-feira de cinzas.
Na arquidiocese de Luanda o arcebispo D. Filomeno do Nascimento Vieira Dias disse que o Jejum prepara o coração para receber do Senhor a Paz e deve estar de mãos dadas com as obras de Justiça.
Para o presente ano a renúncia quaresmal será orientada para a pastoral carcerária destacou o arcebispo de Luanda, que disse ter percebido que nas cadeias da capital do país, a semelhança de outras províncias, há situações difíceis e urge a necessidade de um apoio a vários níveis.
A Igreja persiste convidando os cristãos a fazer deste tempo como um retiro espiritual em que o esforço de meditação e de oração deve ser sustentado por um esforço de mortificação pessoal cuja medida, a partir deste mínimo, permanece a liberdade e generosidade de cada um.
O arcebispo emérito do Huambo D. Francisco Viti convidado a presidir a missa de quarta - feira de cinzas, na Catedral da diocese de Viana convidou os fiéis a aprofundar a fé cristã neste período quaresmal.
“ O início da quaresma é o início de combate ao pecado, aos vícios e maus hábitos…é tempo de cultivar e aprofundar a fé cristã”, acrescentou o prelado.
“Todo o fiel cristão, cada um a seu modo, esta obrigado pela lei divina a fazer penitência; não obstante, para que todos se unam em alguma prática comum de penitência, se fixaram uns dias de penitência para os fiéis que se dedicam de maneira especial a oração, realizam obras de piedade e de caridade e se negam a si mesmos, cumprindo com maior fidelidade suas próprias obrigações e, sobre tudo, observando o jejum e a abstinência.” (Código de Direito Canônico, c. 1249).
A madre Emiliana Bundo da Congregação das Irmãs Franciscanas Reparadoras apelou para que este período seja um momento especial para se apoiar as famílias mais carenciadas.
“ É preciso pugnar pela verdade e aprofundar a solidariedade para com os necessitados”, reforçou a religiosa.
Retiros, vias-sacras, confissões, jejuns e actos de penitência vão marcar a caminhada quaresmal tempo litúrgico forte, em que toda a Igreja se prepara para a celebração das festas pascais.
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